A Prefeitura de Feijó oficializou, nesta quinta-feira (6), o estado de emergência devido à forte estiagem que afeta o município, comprometendo o abastecimento de água potável e a segurança alimentar de comunidades ribeirinhas e indígenas. O Decreto nº 246, com validade de 180 dias e efeito retroativo a 7 de agosto de 2025, busca agilizar medidas de enfrentamento à crise.
O documento destaca que o rio Envira, principal via de transporte para várias localidades, apresenta níveis críticos, chegando a apenas 1,5 metro em alguns pontos. A redução do volume de água tem dificultado a navegação de embarcações responsáveis pelo envio de alimentos, combustível e água potável às comunidades mais isoladas.
A ausência prolongada de chuvas, somada às altas temperaturas, tem afetado atividades essenciais como a agricultura, a pesca artesanal e a pecuária. A escassez de água em áreas rurais também vem sendo acompanhada por um aumento de queimadas e incêndios florestais, elevando os riscos à saúde pública, especialmente entre crianças e idosos.
O decreto menciona ainda a influência do fenômeno El Niño, responsável por agravar a seca em toda a Amazônia, além de previsões do Censipam que apontam a continuidade da estiagem por pelo menos mais três meses.
Com a medida, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) assume papel central na execução de ações emergenciais e poderá realizar despesas imediatas para atender famílias atingidas. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) também foi mobilizada para atuar em conjunto nas operações de distribuição de água, alimentos e assistência às comunidades isoladas.
Além das ações práticas, a prefeitura está autorizada a desenvolver campanhas de conscientização e prevenção por meio dos canais de comunicação locais, alertando a população sobre os riscos ambientais e orientando sobre medidas para reduzir os impactos da seca.

