Em liberdade desde a decisão da Justiça espanhola de absolvê-lo da acusação de estupro, o ex-jogador Daniel Alves tem seu nome envolvido, desta vez, numa disputa de milhões de reais com investidores da Faria Lima.
O baiano passou a ser alvo de uma ação de execução movida pelo GAD Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, que atua na conhecida Av. Faria Lima, em São Paulo. Os executivos cobram, veja só, uma dívida de R$ 7,7 milhões.
O valor diz respeito à cessão de créditos ligados ao distrato firmado entre o lateral e o São Paulo, clube pelo qual atuou entre 2019 e 2021. O processo tramita na 43ª Vara Cível de São Paulo e inclui pedidos de arresto cautelar, bloqueio de contas, imóveis e veículos do atleta.
Segundo a petição, Daniel Alves cedeu ao fundo, em setembro de 2022, o direito de receber as 52 parcelas restantes do acordo de rescisão com o São Paulo — que, ao todo, somavam R$ 19,7 milhões. Em troca, o jogador recebeu cerca de R$ 11,5 milhões antecipados do FIDC. Pelo contrato, ele deveria repassar ao fundo todas as parcelas mensais pagas pelo clube.
O fundo afirma que o atleta deixou de cumprir o acordo no início de 2023, período em que estava preso preventivamente na Espanha. A ex-mulher de Daniel, Dinorah Santa Ana, então procuradora, teria se recusado a fazer os repasses e, depois, teve a procuração revogada.
Sem receber os repasses, o FIDC afirma ter sofrido prejuízos internos e diz que, mesmo que o São Paulo pagasse integralmente o restante das parcelas daqui em diante, o montante seria insuficiente para quitar a dívida atual.

