O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta segunda-feira (10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ter um encontro, nos próximos dias, com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Após isso, a expectativa é que o chefe do Executivo anuncie sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O favorito para a vaga é o advogado-geral da União, Jorge Messias.
“O presidente Lula deve, na volta [de Belém a Brasília], que deve ser amanhã, portanto, talvez na quarta-feira, ter mais um diálogo com o senador Rodrigo Pacheco para anunciar [o nome ao STF]. Eu sinceramente creio que o nome está lançado. Não vejo reversão”, afirmou Jaques a jornalistas nesta segunda-feira em Belém.
Na avaliação do líder, a conversa entre Lula e Pacheco não deve ser para mudar a ideia do presidente em relação à escolha que será feito à Suprema Corte. Tal encontro, segundo Jaques, deve ser por deferência e, também, sobre a intenção do presidente de lançar o senador ao governo de Minas Gerais.
“Lula efetivamente entende que o senador Rodrigo Pacheco hoje é um homem com mais musculatura para disputar o governo do Estado de Minas. Então, acho que a conversa é muito mais por aí do que sobre o Supremo”, comentou.
Inicialmente, havia expectativa de Lula anunciar o nome de Messias ao Supremo ainda em outubro. No entanto, após uma conversa com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sobre o tema, o chefe do Executivo adiou. Em reunião com Alcolumbre, o petista foi avisado de que há forte resistência ao nome de Messias no Senado, que precisa referendar as escolhas presidenciais para o Judiciário.
Diante do cenário, Jaques admitiu que “há torcidas” na Casa Legislativa que estão trabalhando por outros nomes, mas que isso não é o motivo pelo adiamento do anúncio de Lula. Segundo ele, a demora para a oficialização do indicado ao Supremo se dá porque o presidente da República ainda não cumpriu o que queria fazer para o anúncio.
“[Lula] Ia fazer [o anúncio] na volta da Malásia. Na volta da Malásia, tivemos o problema Rio de Janeiro. Ele só ficou em Brasília quarta, quinta e sexta. E, portanto, não houve tempo. Agora, que ele volta para Brasília, pelo que eu entendi, amanhã à tarde. Ele tem essa semana, na minha opinião, deve resolver”, comentou.

