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No auge do inverno no Acre, situação da BR-364 é precária e gera prejuízos

A BR-364, no trecho de 680 quilômetros entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, segue sendo um desafio para quem trafega na rodovia e os acidentes se multiplicam. Os buracos e erosões forçam os condutores a fazer manobras na estrada e as viagens são cada vez mais longas e caras.

Quem usa eventualmente a rodovia federal sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e quem tira dela o sustento, sente cada dia mais dificuldade e o prejuízo é grande com reposição de peças e com o alto consumo de combustível.

O taxista Paulo Santos, que transporta passageiros entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco, gravou um vídeo na rodovia mostrando as manobras necessárias para evitar cair nos buracos. (veja o vídeo abaixo). Ele conta que a viagem entre a capital e o Vale do Juruá, já feita em 7 horas, agora leva 12 horas. O consumo de combustível e o valor gasto com a gasolina aumentaram junto.

“Eu gastava em torno de R$ 750,00, R$ 800,00 de gasolina entre as duas cidades e hoje é R$ 900,00. A gente perde pneu que bate naquele beiço do asfalto e corta. Uma viagem que é para tirar em 7 horas a gente está tirando em 12 horas”, conta ele.

O caminhoneiro Sandro Ferreira, que trabalha há 12 anos no trecho, relatou as dificuldades enfrentadas diariamente no percurso entre Feijó e Manoel Urbano, um dos pontos considerados mais críticos. “Aqui são só sacudindo o caminhão e a carga. A situação é essa aqui: toda hora dançando, literalmente no balanço”, afirmou.

Segundo o caminhoneiro, os gastos com óleo diesel, manutenção e reposição de peças têm aumentado devido às condições do trecho. “O cara compra o óleo absurdo. A manutenção nem se fala. Quebra para-brisa, farol, mola, pneu… tudo por causa das pedras e buracos”.

Pontes

Também há problema com relação às pontes. A do Rio Caeté, mesmo com problemas estruturais, teve que voltar a ser usada porque o manancial subiu e a provisória já não pode ser acessada. Já a ponte do rio Purus, também poderá ser interditada. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o afastamento de partes da estrutura. Um motorista gravou um vídeo mostrando a “rachadura“.

“Ponte do Purus e olha, olha a rachadura que deu aqui na ponte do Purus. Olha o tanto que abriu a brecha. Será que é mais um problema? Olha aqui a rachadura aqui. Rachadura. Perigo”, cita o motorista no vídeo.

Por sua vez, o Dnit diz que mantém equipes atuando no tapa buraco da principal rodovia que corta o Acre.

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