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Números de Ciro nas pesquisas não animam PSDB a bancar 5ª candidatura presidencial

desempenho de Ciro Gomes em pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República não anima o comando do PSDB, onde o ex-ministro está desde outubro, a bancar sua quinta candidatura ao Palácio do Planalto. Sob condição de anonimato, integrantes do alto escalão tucano classificaram à IstoÉ os números como “alvissareiros“.

A Genial/Quaest mostrou nesta quinta-feira, 13, que Ciro alterna entre os 8% e os 12% diante de oponentes como o presidente Lula (PT), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL, hoje inelegível) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Seu desempenho no primeiro turno supera o de nomes como os governadores Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), que se declaram presidenciáveis e são incumbentes nos cargos, garantindo visibilidade estadual.

Na simulação de segundo turno em que aparece, o tucano teve 33% das intenções de voto contra 38% de Lula, reduzindo a distância em relação à pesquisa de outubro (38% a 33%).

Portas fechadas, outras abertas

Nada disso anima o comando do PSDB. Para demover qualquer pretensão nacional de Ciro, a sigla chegou a convidar o ex-presidente Michel Temer (MDB) para concorrer ao Planalto, o que também não deve se concretizar. A tendência é de concentração de esforços e recursos do fundo eleitoral para a eleição de deputados federais, estaduais e senadores pelo país.

Em 2022, os tucanos conquistaram apenas 13 cadeiras na Câmara Federal, limite para cumprir a cláusula de desempenho em 2026 — para manter financiamento público e tempo de propaganda eleitoral a partir de 2030, partidos terão de eleger ao menos 13 deputados federais distribuídos em 1/3 das unidades federativas ou obter no mínimo 2,5% dos votos válidos nas eleições para a Câmara espalhados pelo mesmo território no próximo pleito.

O plano colocado para Ciro é de ser candidato ao governo do Ceará, onde esteve de 1991 a 1994 i — em primeira passagem pelo PSDB. O caminho estadual agrada à direção partidária e também ao grupo de oposição cearense, que vê no ex-presidenciável o nome mais competitivo para evitar a reeleição de Elmano de Freitas (PT) e tirar o petismo do poder, como relatou a IstoÉ.

Publicamente, Ciro diz que não pretende voltar a disputar cargos eletivos e que seu candidato ao Palácio da Abolição é Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza e recém-filiado ao União Brasil. Mas lideranças locais do PSDB ao PL de Bolsonaro já tratam-no como postulante ao governo. Procurada, a assessoria do ex-ministro não respondeu até a publicação desta notícia. O espaço segue aberto à manifestação.

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