Close Menu
  • Inicio
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Polícia
  • Política
  • Esporte
  • Cotidiano
  • Geral
  • Brasil
Facebook X (Twitter) Instagram WhatsApp
Últimas
  • Gabriela Câmara diz que Antônia Lúcia sofre de problemas psicológicos e “não aceita ajuda”
  • Engenheiro é preso durante operação que investiga licitações irregulares em cidades do Acre
  • Estado inaugura sala de acolhimento para vítimas de violência na Delegacia da Mulher em Cruzeiro do Sul
  • “Cadê a vagabunda?”: Antônia Lúcia invade plenário de Câmara à procura de suposta amante do marido; veja vídeo
  • Brancos ganham R$ 1,6 mil a mais que pretos no Acre, aponta IBGE
  • Última superlua de 2025 ilumina o céu nesta quinta-feira
  • Nutricionista de 48 anos se torna 1ª mulher faixa-preta em jiu-jítsu no Juruá
  • EUA alertam cidadãos americanos para deixar Venezuela “imediatamente”
  • Operação prende 12 faccionados no Acre e em Mato Grosso
  • Detran-AC convoca proprietários de mais de 400 veículos em Rio Branco e Cruzeiro do Sul para evitar leilão
Facebook X (Twitter) Instagram
O Juruá Em TempoO Juruá Em Tempo
quinta-feira, dezembro 4
  • Inicio
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Polícia
  • Política
  • Esporte
  • Cotidiano
  • Geral
  • Brasil
O Juruá Em TempoO Juruá Em Tempo
Home»Brasil

Vias ilegais perto da BR-319 avançam em áreas protegidas na Amazônia

Por Redação Juruá em Tempo.15 de novembro de 20255 Minutos de Leitura
Compartilhar
Facebook Twitter WhatsApp LinkedIn Email

Ao menos 2.240 quilômetros (km) de estradas ilegais que cruzam a BR-319 na Amazônia avançaram sobre unidades de conservação federais. Outros 1.297 km de vias também clandestinas atravessam territórios indígenas.  Os dados foram divulgados pelo Observatório BR-319, entidade composta por uma rede de organizações que produz informações sobre a rodovia.

Segundo o levantamento Abertura de Ramais e Estradas Clandestinas como Vetores de Desmatamento no Interflúvio Madeira-Purus, a existência dessas vias ilegais ao longo da rodovia federal está associada ao desmatamento, grilagem de terras e a processos minerários. Os dados foram consolidados no mês de agosto deste ano.

O geógrafo Heitor Pinheiro, pesquisador do comitê de monitoramento e inteligência do Observatório, considera a situação preocupante. De acordo com o especialista, os estudos indicam que essas vias ilegais têm relação direta com as áreas com maiores níveis de desmatamento, como é o caso da Vila Realidade, em Humaitá (AM). 

“Essas estruturas ilegais que abrem caminhos na floresta são os principais vetores de conflitos”, disse o geógrafo em entrevista à Agencia Brasil. Segundo o estudo, um ponto com alta densidade de ramais clandestinos fica nas proximidades do entroncamento de Humaitá, onde a BR-319 cruza com a Rodovia Transamazônica, a BR-230. 

Mapa mostra ramais na floresta que acompanham a BR-319 nos municípios de Canutama, Humaitá, Manicoré e Tapauá, no sul do Amazonas. Foto Arte/Nota técnica OBR-319
Mapa mostra ramais na floresta que acompanham a BR-319 nos municípios de Canutama, Humaitá, Manicoré e Tapauá, no sul do Amazonas – Arte/Nota técnica OBR-319

Tratores na pista

O consultor ambiental Thiago Castelano, de 28 anos, que é do povo Parintintin, morador da Aldeia Canavial há 12 anos, em Humaitá, testemunha que os ramais clandestinos têm viabilizado o desmatamento, o garimpo e a retirada de madeira ilegal de áreas que deveriam ser protegidas.

“Percebemos isso em nossa região presencialmente e também por sensoriamento remoto”, disse Thiago, em entrevista por telefone.

O consultor é gerente de monitoramento territorial da coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).

Castelano afirma que o avanço se intensificou na última década, conforme percebe a partir das margens do Rio Ipixuna, no sul do Amazonas, onde vive desde a adolescência Ele relata que a presença de tratores nas vias ilegais se tornou parte desse cenário.

Expansão da fronteira agrícola

O geógrafo Heitor Pinheiro também identifica o crescimento dessa exploração nos últimos 10 anos e a percepção do representante indígena vai ao encontro do que a pesquisa indicou. 

Segundo Heitor Pinheiro, os dados geoespaciais revelam concentração de ramais ao sul do município de Lábrea (AM), principalmente em áreas nas proximidades com Acre e Rondônia. Essa é uma região de expansão da fronteira agrícola na Amazônia. 

Mais um dado revelado pelo estudo é que cerca de 4.130 km dos ramais mapeados estão em áreas de interesse da exploração da atividade mineradora. Os pesquisadores do Observatório da BR-319 entendem que o avanço dos ramais sobre áreas protegidas evidencia a falta de governança e fiscalização de órgãos responsáveis. 

Um dos trechos do estudo cita que essas vias clandestinas, abertas sem licenciamento ambiental ou controle estatal, funcionam como corredores de penetração no interior da floresta, o que facilitaria o acesso a áreas anteriormente isoladas.

Ele contextualiza que os ramais são vetores que impactam diretamente o modo de vida das populações tradicionais. Há pelo menos 79 povoados indígenas e 42 unidades de conservação ao longo da estrada. “Um dos povos mais impactados é da terra indígena Kaxarari, na região de Lábrea”. 

Outra terra indígena bastante prejudicada, segundo o geógrafo, é a Jacareúba-Katawixi que tem uma região de indígenas isolados. O especialista cita ainda o território Tenharim Marmelos.

Exploração de minérios

O geógrafo admite que outra preocupação com a invasão dessas vias clandestinas tem relação com os processos minerários ativos, que têm pedidos de autorizações em trâmite no sistema do serviço geológico. 

“Fora do agro, a gente tem uma pressão agora pela mineração. Eu arrisco que cerca de 80% de todos os ramais que foram identificados estão sobrepostos a esses processos minerários”, aponta.

Desafios no enfrentamento

Questionados pela reportagem a respeito dos dados do estudo, o Ministério dos Transportes garantiu que tem atuado de forma coordenada no fortalecimento da governança territorial da BR-319 e reconheceu que os desafios associados à rodovia vão além de aspectos técnicos de engenharia ou ambientais..

“A formação de vias irregulares no entorno da BR-319-AM exige atuação coordenada entre diferentes órgãos públicos”, escreveu em nota para a Agência Brasil. A Pasta explicou que mantém diálogo permanente com o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama, o Incra e Funai para enfrentar os impactos socioambientais da região.

O Ministério dos Transportes acrescentou que estão em andamento ações voltadas à estruturação de parcerias institucionais, definição de arranjos de governança, integração de dados e implementação de mecanismos de monitoramento contínuo. 

“Essas medidas contribuem para identificar riscos, intensificar a fiscalização e garantir maior controle sobre os acessos irregulares que incidem sobre áreas sensíveis”, complementou o órgão do governo.

Terras indígenas

Também por nota, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) afirmou que compreende a importância do combate e prevenção aos ilícitos ambientais em terras indígenas e unidades de conservação. 

Por este motivo, afirma que, desde 2015, promove o monitoramento remoto das terras indígenas localizadas na Amazônia Legal, com apoio do Centro de Monitoramento Remoto.

A ferramenta possibilita, segundo a Funai, acompanhar ocorrências de desmatamento, degradação, fogo, mudança de uso e de ocupação do solo. “Esse monitoramento, apesar de permitir a detecção dos ilícitos em si e agilizar a resposta, ainda não permite delimitar o motivo da ocorrência, por exemplo, a criação de estradas clandestinas”, pondera a Fundação. 

No entanto, segundo o órgão garante, estão em planejamento mudanças na metodologia que permitirão auxiliar nessa delimitação, detalhando também estradas e garimpos.

Por: Agência Brasil.
Facebook X (Twitter) Pinterest Vimeo WhatsApp TikTok Instagram

Sobre

  • Diretora: Midiã de Sá Martins
  • Editor Chefe: Uilian Richard Silva Oliveira

Contato

  • [email protected]

Categorias

  • Polícia
© 2025 Jurua em Tempo. Designed by TupaHost.
Facebook X (Twitter) Pinterest Vimeo WhatsApp TikTok Instagram

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc cancelar.