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Acre tem o 3º casamento mais curto do Brasil: uniões duram menos de 12 anos, diz IBGE

O cenário das relações matrimoniais no Brasil tem passado por transformações profundas, e o Acre se destaca em um dado específico: o tempo de permanência no casamento. Segundo os dados mais recentes das Estatísticas do Registro Civil, divulgados pelo IBGE, as uniões no estado terminam, em média, com 11,1 anos de duração.

O índice acreano é significativamente inferior à média nacional, que é de 13,8 anos. No ranking brasileiro de casamentos mais curtos, o Acre ocupa o terceiro lugar, ficando atrás apenas de Roraima (10,2 anos) e Rondônia (11 anos).

Enquanto o Norte e o Centro-Oeste registram as menores durações, outras regiões do país demonstram maior longevidade matrimonial. O Piauí lidera o ranking de estabilidade, com média de 16,8 anos, seguido de perto pelo Rio Grande do Sul, com 16,2 anos.

Os novos dados do IBGE, referentes às uniões formalizadas em 2024, revelam um panorama diversificado sobre o comportamento das famílias brasileiras:

*Queda nos divórcios: pela primeira vez desde 2019, o número de divórcios caiu no país. Em 2024, foram registrados 428.301 divórcios, uma redução de 2,8% em comparação ao ano anterior.

*Recorde em uniões homoafetivas: os casamentos entre pessoas do mesmo sexo atingiram a maior taxa da série histórica, com alta de 8,8% no Brasil. O destaque foi o Distrito Federal, com salto de 19,7%.

*Diferenças regionais: Sul e Nordeste possuem os casamentos mais longos (média de 15 anos). Já o Centro-Oeste apresenta a menor média regional (12,6 anos), seguido de perto pelo Norte (12,7 anos).

*Idade ao casar: nas uniões entre sexos diferentes, os homens casam, em média, aos 31,5 anos e as mulheres aos 29,3 anos — uma diferença de aproximadamente dois anos.

*Casamentos homoafetivos são mais tardios: entre pessoas solteiras do mesmo sexo, a idade média para o “sim” é maior: 34,7 anos para homens e 32,5 anos para mulheres.

Os dados integram a Estatística do Registro Civil, divulgada anualmente pelo IBGE, e servem como termômetro para políticas públicas e compreensão da demografia social brasileira.

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