As fortes chuvas registradas em Cruzeiro do Sul no domingo (28) causaram diversos transtornos em diferentes pontos do município, como alagamentos, deslizamentos de terra e famílias desalojadas. Apesar do grande volume de água, até o momento o nível do Rio Juruá não apresentou elevação.
Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, José Lima, a chuva de ontem ainda não influenciou diretamente na subida do rio. No entanto, há possibilidade de aumento nas próximas horas, já que as precipitações ocorreram nas regiões de cabeceira, como Valparaíso, Mirim e Moa, e essa água ainda deve chegar ao município.
Os principais problemas foram provocados pelas enxurradas e deslizamentos de terra, devido à grande quantidade de chuva em curto período. Na rodovia AC-430, um açude transbordou e atingiu sete famílias. Quatro delas precisaram ser encaminhadas para abrigo no domingo, mas nesta segunda-feira (29) a água já havia baixado e as famílias começaram a retornar para suas residências, ainda com acompanhamento do município.
Também foram registrados deslizamentos de terra no bairro do Miritizal e alagamentos em áreas onde os bueiros não suportaram o volume da chuva. De acordo com a Defesa Civil, choveu cerca de 92 milímetros, volume muito acima do esperado para o período, que era entre 10 e 30 milímetros.
A Defesa Civil segue em alerta e atuando de forma contínua, junto à prefeitura e demais secretarias, seguindo o plano de contingência do município. As equipes estão atendendo as ocorrências conforme surgem, prestando socorro e suporte às famílias afetadas. Em situações imprevisíveis, como o transbordamento de açudes, quando não é possível garantir a segurança das famílias, a Defesa Civil realiza a retirada dos moradores e os encaminha para locais seguros, com apoio do município, até que a situação seja normalizada.
Sobre a possibilidade de transbordamento do Rio Juruá, a Defesa Civil avalia que isso pode ocorrer a partir de janeiro, mas ainda não há uma previsão concreta, já que as chuvas têm se mostrado irregulares e acima da média histórica.
Moradores de áreas de risco ou sujeitas a alagamentos devem procurar a Defesa Civil ao perceberem a entrada de água nas residências ou problemas como bueiros entupidos, para que as equipes possam agir de forma rápida e preventiva.

