A BR-364, única ligação terrestre entre o Vale do Juruá, e a capital Rio Branco, permanece em situação crítica e continua gerando preocupação entre moradores, motoristas e transportadores. Ao longo de 2025, a rodovia foi alvo de constantes críticas devido às más condições de trafegabilidade e, ao se aproximar do fim do ano, continua apresentando o mesmo cenário de precariedade.
Nas últimas semanas, as fortes chuvas agravaram o cenário, provocando crateras, erosões e deslizamentos de pista. Em pontos próximos à Vila Santa Luzia, em Cruzeiro do Sul, houve interdição parcial após o asfalto ceder em razão do transbordamento de um igarapé. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuaram no local para controlar o tráfego e reduzir o risco de acidentes.
Motoristas que utilizam a rodovia relatam que diversos trechos se encontram em condições precárias, especialmente entre os municípios de Sena Madureira, Manoel Urbano e Feijó. Nesses locais, condutores precisam realizar manobras constantes para evitar danos aos veículos, o que torna a viagem mais lenta e perigosa.
Segundo usuários frequentes da BR-364, o percurso de aproximadamente 635 quilômetros, que antes podia ser feito em cerca de sete a oito horas, atualmente pode levar de 12 a 16 horas ou mais, dependendo das condições climáticas e da situação dos pontos mais críticos.
Além dos atrasos, os problemas estruturais da rodovia têm causado prejuízos financeiros, como aumento no consumo de combustível, desgaste mecânico dos veículos e elevação dos custos de frete e manutenção. Esses impactos atingem diretamente o abastecimento e a economia regional.
A BR-364 continua sendo a única via terrestre que liga o Vale do Juruá ao restante do Acre e é essencial para o deslocamento da população e o transporte de mercadorias. No entanto, as más condições da rodovia dificultam a mobilidade e trazem impactos diretos para a economia e a rotina dos moradores da região.

