O Corpo de Bombeiros do Acre enviou, na manhã desta quarta-feira (10), uma equipe para a região de Porto Walter após receber a ocorrência do desaparecimento de três caçadores na floresta. As informações foram confirmadas pelo comandante da corporação na regional, Major Josadac Cavalcante.
Segundo o comandante, a família dos desaparecidos entrou em contato com o Corpo de Bombeiros na noite de terça-feira (9), informando que os três homens haviam saído pela manhã da comunidade Matrinxã, localizada no Rio Nilo — afluente do Riozinho Cruzeiro do Vale, no município de Porto Walter — em busca de queixadas.
A previsão era que retornassem ainda na segunda-feira (8), mas o grupo não voltou. Eles levaram apenas alimentação para o dia, sem lanternas ou equipamentos para pernoite, o que indica que não planejavam dormir na mata.
Buscas iniciadas ao amanhecer
Após coletar os dados com a família, uma equipe de quatro militares foi mobilizada e deixou Cruzeiro do Sul às 6h da manhã, seguindo de embarcação rumo à região do desaparecimento. A expectativa do Corpo de Bombeiros é que a equipe alcance a comunidade nesta tarde para então iniciar as buscas por terra.
Major Josadac informou ainda que os moradores locais já iniciaram a procura:
“A família relatou que uma equipe de 12 pessoas da comunidade entrou na floresta e está à procura dos três caçadores.”
Dificuldades devido ao clima
Embora os caçadores sejam moradores da região e conheçam bem a floresta, o comandante destacou que as condições climáticas dos últimos dias podem ter contribuído para a desorientação.
“Normalmente, os caçadores da região se orientam pelo sol. Mas temos tido dias bastante nublados e chuvosos, o que pode ter atrapalhado a localização deles. A selva por si só já desorienta o ser humano”, explicou.
Técnicas de busca utilizadas
Os bombeiros estão operando com base em um mapeamento detalhado da área, incluindo igarapés e córregos. O comandante explicou que esse método facilita a criação de quadrantes para buscas mais precisas:
“Fizemos previamente o mapeamento dos igarapés que delimitam a região, pois sabemos que, quando estão perdidos, os caçadores tendem a seguir cursos d’água até chegar a um rio maior com comunidades. A equipe está utilizando GPS e cartas da área para orientar o deslocamento dentro do quadrante indicado pela família.”

