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Curitibana cria plataforma de checagem de antecedentes criminais de namorados

A segurança feminina ganhou um importante aliado digital. Inspirada por um caso de feminicídio, a curitibana Sabrine Matos desenvolveu a Plinq, uma plataforma inovadora que permite a mulheres checar antecedentes criminais e registros de processos de potenciais parceiros amorosos.

Lançada em maio deste ano, a Plinq rapidamente se consolidou, ultrapassando 15 mil usuárias em menos de dois meses e faturando mais de R$ 250 mil.

A ideia da Plinq surgiu após Sabrine tomar conhecimento da trágica história da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada pelo ex-noivo em fevereiro. Segundo as investigações, Vanessa desconhecia a existência de, pelo menos, 14 processos de violência doméstica que tramitavam contra o agressor.

“Foi vendo o caso de uma mulher que não sabia o passado de violência do namorado que a curitibana Sabrine Matos, criou um projeto que pretende colaborar com a segurança feminina.”

O incentivo final para tirar o projeto do papel, segundo Sabrine, veio de sua mãe.

O objetivo da plataforma é simplificar o acesso a informações que podem ser cruciais para a segurança das mulheres. Por uma anuidade de R$ 97, as usuárias têm acesso ilimitado a pesquisas de antecedentes criminais, mandados de prisão e outras ocorrências.

A Plinq utiliza bases de dados públicas, como tribunais e diários oficiais, o que garante a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O sistema conta com um “tradutor” de processos, utilizando alertas em cores para indicar potenciais riscos, Red Flag (Bandeira Vermelha): indica a existência de registros preocupantes e orienta a usuária sobre o risco. Green Flag (Bandeira Verde), sinaliza a ausência de registros, mas com um alerta importante: “A ausência de registros públicos não garante que a pessoa não tenha passado por situações que não estejam registradas… Uma conversa franca pode ajudar a criar um ambiente de confiança e segurança para ambos.”

A plataforma garante o acesso ilimitado para pesquisas sem expor publicamente o nome das usuárias ou das pessoas consultadas, focando em informações gerais e nos motivos dos processos judiciais, sem detalhar o teor.

Inicialmente sem pretensão de se tornar um negócio, a alta procura transformou a Plinq em um empreendimento promissor. Sabrine, que atua com marketing digital, desenvolveu a plataforma em parceria com os sócios Felipe Bahia e Micael Marques, utilizando uma plataforma de inteligência artificial sueca que permite criar sites e aplicativos a partir de linguagem natural, sem a necessidade de programação.

Com mais de 15 mil usuárias ativas em poucas semanas, a Plinq projeta alcançar a marca de três milhões de usuárias, consolidando-se como uma ferramenta essencial na prevenção da violência e na promoção de relacionamentos mais seguros.

 

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