O engenheiro civil Rafael Wiciuk, que trabalha na Prefeitura de Rio Branco, foi detido pela Polícia Federal durante a Operação Dilapsio, realizada na quarta-feira (3). A prisão ocorreu enquanto os agentes cumpriam mandados de busca e apreensão na residência de Rafael, onde foram encontradas armas de fogo.
As investigações indicam que o engenheiro está implicado em um esquema de fraudes em licitações, incluindo superfaturamento de obras públicas, utilização de empresas de fachada e lavagem de dinheiro, envolvendo as prefeituras de Plácido de Castro, Assis Brasil e Senador Guiomard.
Rafael, que é servidor concursado e atua como auditor fiscal de obras e urbanismo, deverá passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (4). Ele é proprietário das empresas que foram alvo das buscas da Polícia Federal.
Durante a operação, a polícia apreendeu uma pistola calibre .380 no veículo de Rafael e um rifle calibre .22 em um escritório dentro de sua casa. Embora tenha registro válido para as armas, estas estavam armazenadas em locais diferentes dos indicados nos documentos. O registro da pistola está associado a um endereço no bairro Aviário, enquanto o do rifle refere-se a uma propriedade no Ramal do Carlão, KM 15, em Acrelândia.
Ao explicar a situação, o engenheiro justificou que a arma estava no carro devido à presença de crianças pequenas em casa e que havia se mudado para o novo endereço há cerca de 15 dias.
A ação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal não inclui a Prefeitura de Rio Branco, mas foca nos municípios de Assis Brasil, Plácido de Castro e Senador Guiomard, os quais são investigados por irregularidades relacionadas a recursos federais. Na manhã da quarta-feira, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, quatro em Rio Branco e três nos outros municípios mencionados.

