Ícone do site O Juruá Em Tempo

Homem é acusado de homicídio culposo após deixar namorada morrer congelada na Áustria

Um homem de 36 anos enfrenta acusações, nos últimos dias, de homicídio culposo na Áustria após sua namorada, de 33 anos, morrer congelada no pico Grossglockner, o ponto mais alto do país, a 3.799 metros de altitude. A mulher, inexperiente em escaladas de alta montanha, teria sido deixada “desprotegida, exausta e hipotérmica” durante uma noite de janeiro, a apenas 150 pés do cume, segundo promotores citados pelo jornal local Kronen Zeitung.

O casal enfrentou ventos de até 74 km/h e sensação térmica de -20°C. Apesar do risco, a mulher tentou o trecho final equipada com uma prancha de snowboard dividida e botas inadequadas, e a dupla iniciou a subida com duas horas de atraso, sem kit de emergência. Promotores afirmam que o namorado, alpinista experiente de Salzburgo, ignorou a inexperiência da parceira e não retornou antes do anoitecer, nem acionou os serviços de emergência a tempo. O caso ocorreu em 12 de agosto.

Investigadores analisaram telefones, relógios esportivos, fotos e vídeos da expedição. Segundo o Kronen Zeitung, ele manteve silêncio mesmo quando um helicóptero da polícia sobrevoou a área às 22h50, só acionando o resgate às 3h30 da manhã. Quando equipes de montanhismo chegaram, por volta das 10h, a mulher já havia falecido. O Ministério Público destacou que ele não a protegeu do frio com cobertores térmicos ou abrigo adequado durante a espera.

O advogado do réu, Kurt Jelinek, afirmou que o cliente lamenta profundamente o ocorrido e que a defesa ainda considera a morte “um acidente trágico e fatídico”. Se condenado, o homem pode cumprir até três anos de prisão. O caso será julgado no Tribunal Regional de Innsbruck em 19 de fevereiro de 2026.

Sair da versão mobile