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Leila defende 3º mandato no Palmeiras: ‘Real Madrid tem mesmo presidente há 30 anos’

Leila Pereira citou o Real Madrid para justificar sua posição em defesa de um terceiro mandato no Palmeiras. Presidente desde 2022, atualmente no exercício de seu segundo mandato, ela tem o desejo de ser candidata mais uma vez para continuar no cargo mais importante do clube e reiterou essa vontade em reunião do Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira.

A empresária afirmou a conselheiros que não considera golpe a mudança de estatuto que permitiria que ela seja candidata para tentar se eleger presidente pela terceira vez consecutiva.

“Vi muitas entrevistas absurdas, ridículas, dizendo que isso seria golpe. O nosso estatuto prevê a possibilidade de ser alterado, tanto que nós alteramos várias vezes. Não existe golpe quando o conselho decide que o estatuto seja alterado e que isso seja ratificado pelo pelos associados”, afirmou ela, no início de suas declarações sobre o assunto diante de conselheiros.

A dirigente mencionou Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, para justificar sua tese. “Essa questão de alternância de poder não acontece no Real Madrid. O presidente está lá há 20 anos. O Real Madrid é um clube pequeno, sabe? E nem um pouco vitorioso”, ironizou Leila.

Florentino Pérez comanda o clube espanhol desde 2009. Portanto, há 16 anos. Mas foi reeleito para seu sétimo mandato em janeiro de 2025, que se estende até 2029. Vai, de fato, completar duas décadas à frente do time merengue.

Leila entende que são incoerentes os conselheiros vitalícios que são desfavoráveis à ideia de três mandatos presidenciais consecutivos. “Se a alternância de poder é saudável, então, por que existem conselheiros vitalícios? Por que não alternância de poder também no conselho? É meio contraditório quando conselheiros vitalícios reclamam de golpe”, afirmou.

“Não é questão de alternância ou não. Se a pessoa é capaz, tem que ficar. Se não é capaz, tem que sair”, acrescentou a cartola. Ela diz crer que parte dos que são contra à proposta tem essa posição porque têm “abstinência de viagens e de benesses” que ela afirma ter cortado.

Para que Leila seja candidata mais uma vez, o estatuto do Palmeiras tem de ser alterado. Essa mudança estatutária teria de ser aprovada primeiro pelo Conselho Deliberativo e depois pela assembleia de associados.

Hoje, no universo de 300 conselheiros/diretores, Leila tem o apoio de pouco mais de 120 e precisaria amealhar votos também de conselheiros considerados neutros. Ela precisa de 151 votos, isto é, 50% mais um, para que o estatuto seja modificado. Na assembleia de sócios, é provável que proposta passe com certa tranquilidade, projetam correligionários da presidente, que é bastante popular no clube social.

Leila havia desistido da ideia em julho do ano passado. Mudou de ideia ao saber que a proposta é razoavelmente popular dentro do clube e tem o apoio de ex-presidentes, caso de Mustafá Contursi, como mostrou o Estadão na semana passada. O famoso cartola é um dos articuladores de um novo mandato de Leila.

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