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Obesidade cresce entre gestantes brasileiras, mostra levantamento

Por Redação Juruá em Tempo.12 de dezembro de 20256 Minutos de Leitura
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Três em cada 10 gestantes adultas atendidas na rede pública apresentam obesidade. Entre adolescentes grávidas, a prevalência da doença mais que dobrou, saltando de 4,5% para 10,4% entre 2008 e 2022. Além disso, 90% das gestantes confirmam o consumo de pelo menos um ultraprocessado em um dia, índice que fica muito acima da média da população geral, que é de 18%. Os dados, revelados por um estudo liderado pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mostram que o Brasil vive um momento crítico: a obesidade entre gestantes cresce de forma acelerada e o consumo de alimentos ultraprocessados é praticamente universal.

Para chegar aos resultados, publicados recentemente na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, foram analisados mais de 6,5 milhões de registros antropométricos (medidas físicas do corpo) e 319 mil registros de consumo alimentar de gestantes no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).

“A obesidade tem causa multifatorial e o aumento expressivo observado entre gestantes pode ser explicado por diversos aspectos que se somam ao longo dos anos”, explica a nutricionista e professora Sthefani da Costa Penha, uma das coordenadoras do estudo. “Entre eles, estão os determinantes sociais, como menor renda e escolaridade, insegurança alimentar e nutricional, acesso limitado a alimentos mais naturais e serviços de saúde de qualidade”, detalha.

Antes da gravidez

Mais de 60% das mulheres em idade fértil no país estão acima do peso, segundo estimativas da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso). Isso significa que muitas mulheres engravidam já com obesidade, ampliando riscos de diabetes gestacional, hipertensão, pré-eclâmpsia e complicações no parto.

“Estamos diante de um fenômeno que não deve ser atribuído a escolhas individuais isoladas, mas compreendido como resultado de ambientes alimentares e sociais que dificultam práticas consideradas mais adequadas”, explica Sthefani.

A pesquisa destacou ainda que o aumento anual da obesidade entre adolescentes grávidas foi ainda maior do que nas adultas. Qual seria a razão? “Alguns pontos explicam a maior vulnerabilidade das mais jovens, entre menor autonomia econômica e mais dependência de ambientes que determinam o padrão alimentar, incluindo família e escola”, analisa a professora. “Essa é uma população que pode ter menor acesso a informações, apoio ou serviços de saúde de qualidade, levando à maior chance de um pré-natal tardio ou fragmentado”, acrescenta.

Vale lembrar que a gravidez na adolescência já impõe desafios físicos e emocionais para a jovem gestante. Quando somada ao peso corporal elevado, a gestação se torna um período ainda mais delicado.

Ultraprocessados na balança

Para os autores do estudo, um dos dados que mais chamou atenção foi a prevalência de consumo de ultraprocessados. O levantamento mostrou que produtos como biscoitos recheados, macarrão instantâneo, salgadinhos, embutidos e bebidas adoçadas fazem parte da rotina alimentar de praticamente todas as gestantes analisadas (90%).

Apesar da alta prevalência, os pesquisadores não encontraram correlação estatística direta entre o consumo de ultraprocessados e a obesidade registrada no sistema – o que não significa que ela não exista. “Os dados mostram um padrão, mas não comprovam que consumir ultraprocessados causou a obesidade nas gestantes estudadas”, explica Sthefani. Segundo ela, mais estudos seriam necessários para afirmar essa possível causalidade.

De qualquer forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que dietas ricas em ultraprocessados estão associadas ao aumento de obesidade, doenças metabólicas, hipertensão e pior prognóstico gestacional. Embora a ausência de correlação direta neste estudo reflita limitações de coleta e cobertura de dados, não se trata de uma contradição científica.

Esse cenário pode ter sido agravado pela pandemia de covid-19, uma vez que a crise sanitária causou mudanças abruptas na alimentação de brasileiros, de forma geral, incluindo as gestantes. Houve crescimento no consumo de ultraprocessados, alta no preço de alimentos in natura, desemprego e maior insegurança alimentar. No entanto, para a pesquisadora, os dados não permitem discriminar perfeitamente as consequências diretas da pandemia”. “Observamos aumentos de curto prazo na obesidade e alterações de consumo alimentares ocorridas no período, mas seria preciso um estudo dedicado para quantificar o efeito”, destaca Sthefani.

Pré-natal: oportunidade perdida?

Na teoria, a gestação é o momento em que mulheres recebem mais atenção médica. No entanto, os dados apontados pelo levantamento sugerem que o pré-natal ainda não consegue atuar plenamente na prevenção da obesidade e na promoção da alimentação saudável.

“É uma excelente oportunidade para intervenções em alimentação e nutrição, mas a efetividade depende da qualidade do atendimento, da formação das equipes e do tempo disponível em cada consulta”, observa a autora do estudo. “Persistem desigualdades de acesso e cobertura. A rede de pré-natal tem potencial, mas ainda apresenta falhas estruturais e de capacitação que precisam ser enfrentadas”, completa.

Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas 44% das gestantes iniciam o pré-natal no primeiro trimestre, que é uma etapa crucial para prevenir e manejar riscos, além de fornecer orientações sobre a importância da nutrição na gravidez.

Um ponto reforçado pela pesquisadora é a necessidade de evitar estigmas e a culpabilização das mulheres. A obesidade pode aumentar os riscos de algumas complicações obstétricas, mas isso não significa que todas as mulheres com sobrepeso terão problemas na gestação. “Para mudar esse padrão, precisamos focar no ambiente alimentar e nas políticas públicas, e não responsabilizar individualmente as gestantes”, destaca Sthefani. “As orientações precisam ser positivas e realistas. O objetivo é ajudar, não julgar”, afirma.

O futuro: dá tempo de mudar?

O Brasil vive hoje um momento desafiador, onde coexistem quadros preocupantes como a obesidade, a desnutrição e a insegurança alimentar. Mas nem só de péssimas notícias vive o cenário nutricional do país. Há também sinais positivos, demonstrados pela mesma pesquisa, como a redução do consumo de bebidas adoçadas em algumas regiões.

Mas não dá para fechar os olhos ou minimizar o problema: ultraprocessados seguem sendo produtos baratos, abundantes e com muita propaganda. De acordo Sthefani da Costa Penha, da UFC, a tendência futura depende do fortalecimento de políticas públicas, da vigilância contínua e do acesso a ações de promoção da saúde.

Para reverter o quadro, a professora sugere ações, como:

  • Fortalecimento da vigilância alimentar e nutricional, usando os dados para orientar políticas locais.

  • Educação alimentar contínua no pré-natal, com orientação prática e não culpabilizadora.

  • Políticas regulatórias, como rotulagem clara, restrição de publicidade e taxação de ultraprocessados.

  • Incentivo à agricultura familiar e alimentos regionais.

  • Ambientes alimentares mais saudáveis, inclusive em escolas e unidades de saúde.

  • Capacitação de equipes de saúde para aconselhamento motivacional.

Por: Isto É.
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