Com 82% das famílias acreanas endividadas e um total de 41.963 lares com contas em atraso, o Acre registrou em novembro a menor inadimplência desde maio, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC). Além disso, 13.779 famílias afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas, número que também apresentou queda significativa.
A estabilidade do endividamento entre setembro e novembro indica que, apesar do índice elevado, o volume de famílias com dívidas não cresceu no período. O recorte mostra que o maior impacto permanece entre aquelas com renda de até dez salários mínimos, grupo que representa 35,4% das famílias, com 41.963 delas carregando algum tipo de dívida, o menor número desde março.
A melhora mais expressiva está na redução da inadimplência. As 41.963 famílias com contas em atraso representam uma diminuição de 4,08% em comparação aos meses anteriores. Já entre os lares que não conseguem manter os pagamentos em dia, o recuo foi de 4,57%, alcançando novamente 13.779 famílias, menor patamar em cerca de seis meses.
Segundo o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, os números refletem o cenário econômico atual, ainda influenciado pelas altas taxas de juros. “Essa continuidade no número de famílias endividadas no Acre reflete o momento econômico atual, as altas taxas de juros por conta da SELIC”, destacou.
Garó afirma também que o comportamento das famílias tem ajudado a evitar um agravamento do quadro: “As famílias estão evitando novas dívidas, buscando manter as que possuem em dia e pagando aquelas inadimplentes”.
Com a entrada do 13º salário, a projeção da Fecomércio é de que o endividamento possa apresentar nova redução nos próximos meses, impulsionado tanto pelo pagamento de dívidas quanto pelo fortalecimento do consumo no fim do ano.

