A Polícia Civil de Pernambuco afirmou que o influenciador Renann Hyago Aguiar de Vasconcelos, preso em Fortaleza (CE), é suspeito de ter mandado matar um casal em Santa Cruz do Capibaribe por causa de uma dívida de R$ 100 mil. O valor, segundo o delegado Ighor Nogueira, seria proveniente de um suposto empréstimo ligado a uma conta de jogos online.
As vítimas, Sinésio de Lira Lima, conhecido como “Galego”, de 21 anos, e a namorada, Nayara Gabriely Nunes de Araújo, de 18 anos, desapareceram em 11 de julho. Os corpos foram encontrados duas semanas depois, no dia 25, enterrados no terreno de uma escola abandonada.
Dinâmica do crime
Segundo o delegado, João Vitor dos Santos Araújo, de 20 anos, havia planejado matar o casal no dia 10 de julho, véspera da execução. Ele chamou Sinésio até sua casa sob o pretexto de consertar um celular. Nayara, ao sair para buscar o namorado na tarde do dia 11, acabou chegando ao local no momento em que João Vitor e Sinésio estavam juntos.
Dentro da residência, João Vitor utilizou uma arma branca para golpear os dois na região do pescoço, matando o casal. Após o crime, ele contou com a ajuda de dois adolescentes de 15 e 16 anos para transportar os corpos e enterrá-los em uma cova aberta no terreno da escola, a cerca de 500 metros da casa.
Durante as buscas, a polícia encontrou na residência de João Vitor marcas de sangue em diversos cômodos, sobretudo no banheiro e na cozinha. Peritos apontaram que houve tentativa de apagar vestígios, incluindo pintura de paredes, porém o luminol revelou reações positivas indicando presença de sangue.
As investigações também identificaram que os corpos foram transportados em um carrinho de mão, localizado na casa do suspeito. O equipamento, segundo a polícia, pode ter sido usado para levar especialmente o corpo de Nayara até o local onde foi enterrada.
Até o momento, quatro suspeitos já foram detidos: os dois adolescentes, João Vitor e um parente dele, que não teve o nome divulgado. A polícia ainda apura a ligação entre o grupo e o influenciador Renann Hyago, suspeito de ordenar o crime por causa da dívida.
A defesa dos investigados não foi localizada até a última atualização desta matéria.

