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Quase 400 casos de violência no Acre têm ex-companheiros como agressores, aponta levantamento

Ex-companheiros estão entre os principais responsáveis por casos de violência registrados no Acre, segundo dados do Painel da Central de Atendimento à Mulher. O levantamento indica 392 ocorrências envolvendo agressores de relacionamentos anteriores, além de 139 protocolos de atendimento e 144 denúncias formalizadas. O cenário reforça um alerta já conhecido pelas redes de proteção: muitas vezes, a violência se intensifica, ou se torna mais visível, após o fim do relacionamento.

Entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2025, o estado contabilizou 2.999 episódios de violência doméstica, sendo 1.088 cometidos dentro da casa da vítima. No mesmo período, foram registrados 1.675 protocolos e 1.726 denúncias feitas pelos canais oficiais.

As relações íntimas, atuais ou encerradas, concentram a maior parte das agressões. Depois dos ex-companheiros, aparecem companheiros atuais (335 casos), esposos(as) (239) e ex-esposos(as) (183). Os dados evidenciam que o ambiente doméstico segue como o principal espaço de risco para mulheres.

Outras ligações familiares também registraram números expressivos: agressões cometidas por filhos(as) somam 105 casos e por pais, 78. Há ainda 58 registros envolvendo vizinhos, além de ocorrências com empregadores, padrastos e madrastas, tios, sobrinhos e demais pessoas do convívio.

O levantamento mostra ainda crescimento das denúncias no segundo semestre. De julho a outubro, foram 878 ligações, número que já supera todo o primeiro semestre do ano, que fechou com 829 registros.

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