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Rio cheio, balseiros e distância extrema dificultam buscas por criança que desapareceu no Acre

As buscas por Emily Lorrany, de 2 anos, entraram no segundo dia em uma área considerada distante e de difícil acesso, marcada pelo nível elevado do Rio Tarauacá e pela grande quantidade de balseiros, no interior do Acre. A criança desapareceu após um acidente entre embarcações no rio, na região do Seringal São Luís, zona rural do município de Tarauacá.

De acordo com o subcomandante do 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros, tenente Marcelo Monteiro Dias, a corporação foi acionada por volta das 8h30, mas as equipes só conseguiram chegar ao local às 17h, devido às condições do rio e à distância. “É um local muito longe, o rio está muito cheio e descendo muito balseiro, o que dificulta bastante o deslocamento”, explicou.

O acidente ocorreu após a colisão lateral entre uma bajola, pequeno barco artesanal bastante utilizado na região amazônica, e uma canoa. Na bajola estavam uma mulher e duas crianças. Com o impacto, ela não conseguiu segurar os menores, que caíram na água.

“Duas crianças caíram no rio. Conseguiram retirar uma delas, mas a outra, de dois anos, afundou”, relatou o subcomandante.

Os bombeiros realizaram mergulhos ainda no fim da tarde de segunda-feira (29), aproveitando um momento em que o nível do rio apresentou leve redução. No entanto, até o fim da manhã desta terça-feira, a criança não havia sido localizada.

“Hoje as buscas já começaram novamente e devem seguir durante todo o dia, até que o corpo seja encontrado ou venha a emergir”, afirmou o tenente.

Apesar de o local do acidente estar em área que pertence à jurisdição de Jordão, o atendimento está sendo realizado pelo Corpo de Bombeiros de Tarauacá.

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