Uma ocorrência marcada por tumulto e violência foi registrada na noite desta sexta-feira (19) no Pronto Socorro de Rio Branco. A confusão teve início após familiares de um paciente, que aguardava transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), entrarem em conflito com funcionários da unidade devido à falta de vagas, e terminou com agressões a policiais militares e três pessoas feridas por disparos durante a intervenção policial.
Conforme apurado, a situação começou com discussões acaloradas no interior do hospital. Um médico plantonista teria orientado que apenas um acompanhante permanecesse no setor, seguindo normas internas, o que aumentou a insatisfação dos familiares. Diante do clima tenso, um vigilante foi acionado para retirar um dos envolvidos, momento em que houve desacato ao profissional de saúde e o desentendimento saiu do controle.
Após a retirada dos familiares da área interna, um vigilante teria sido ameaçado de morte, levando ao acionamento de uma guarnição da Polícia Militar. Segundo a PM, os policiais tentaram acalmar os ânimos, mas uma mulher identificada como Sabrina Araújo da Silva, de 30 anos, passou a desacatar os militares com xingamentos. Ao receber voz de prisão, ela reagiu e desferiu um soco contra um policial, que caiu ao chão.
Ainda de acordo com a polícia, dois homens avançaram contra o militar caído com a intenção de tomar sua arma. Um disparo foi feito para o alto como forma de advertência, porém outro policial acabou sendo atacado por um homem que o agrediu com vários socos, derrubando-o. Diante do risco iminente, os militares realizaram disparos de contenção, atingindo três pessoas.
Foram baleados Leandro Araújo da Silva, de 32 anos, Diego Araújo da Silva, de 35 anos, e Raimundo Felipe da Silva, de 25 anos. Todos receberam atendimento imediato no próprio hospital, com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Raimundo Felipe foi atingido na perna, sofreu lesão grave e passou por cirurgia, mas permanece em estado estável. Leandro Araújo foi ferido sem atingir órgãos vitais, recebeu atendimento e depois foi encaminhado à Delegacia Central de Flagrantes. Diego Araújo foi baleado no abdômen; o projétil transfixou sem causar danos graves, e seu quadro também é considerado estável.
Sabrina Araújo da Silva foi conduzida à Delegacia Central de Flagrantes para prestar esclarecimentos. O episódio gerou pânico entre pacientes, acompanhantes e funcionários, reacendendo discussões sobre a segurança em unidades de saúde.
A Polícia Civil informou que um inquérito será instaurado para apurar as circunstâncias do caso e responsabilizar os envolvidos conforme a legislação vigente.

