“Muito revoltante o que fizeram com o meu filho. Abusaram de meu filho dentro de uma delegacia. Eu quero Justiça. Cadê o senhor secretário agora que diz que tá tudo beleza?” O desabafo é de uma mãe que denuncia ação criminosa de supostos policiais.
De acordo com o relato da mãe e de testemunhas, na noite do dia 5 de setembro um grupo de homens encapuzados “se dizendo da polícia” (sic) entraram pelo terreno da vizinha, pularam o muro e arrombaram a porta da cozinha.
Entraram armados no primeiro quarto onde havia uma criança de sete anos. Não encontraram o jovem de 17 anos que procuravam. No segundo quarto, onde o rapaz estava começaram, de acordo com a mãe, a sessão de tortura.
Tanto a mãe quanto o garoto falam que o rapaz foi levado “para o Segundo Batalhão”. Na delegacia, o rapaz foi violentado sexualmente ao se negar a destravar o celular. “Porque ali é a minha privacidade”, defende-se o rapaz em declaração dada aos repórteres Alexandre Gamón e Jaílson Fernandes, da TV Gazeta.
Os supostos policiais, diante da negativa de liberação da senha, introduziram uma barra de ferro no ânus do menino. A família alega que o garoto está sendo perseguido por policiais por ser filho de um presidiário envolvido com tráfico de drogas. Já formalizaram denúncia junto ao Ministério Público sobre o caso.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública, a Secretaria de Estado de Polícia Civil prometem rigor nas investigações a respeito da denúncia. Divulgaram uma nota sobre o assunto.
Nota de Esclarecimento
As secretarias de Estado de Polícia Civil (SEPC), de Segurança Pública (SESP), e de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH), representadas pelos respectivos secretários, tão logo tomaram conhecimento dos fatos de violência contra um adolescente de 17 anos, determinaram a imediata apuração para identificar e punir os responsáveis por tão bárbaro crime. A SEJUDH acompanha o caso e está à disposição do menor. Destacamos que, havendo envolvimento de agentes públicos no referido fato, eles serão punidos exemplarmente, dentro dos rigores legais e com direito à ampla defesa. Reafirmamos, ainda, o compromisso com todas as instituições que seguem alinhadas e de forma harmônica, demonstrando integração de forças no compartilhamento do mesmo objetivo: o bem-estar da população acreana.
Carlos Flávio Portela Richard
Secretário de Estado de Polícia Civil
Emylson Farias da Silva
Secretário de Estado de Segurança Pública
Nilson Moura Leite Mourão
Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos