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sexta-feira, abril 19, 2024

Jovem que matou policial militar no Acre deve ir a júri popular, diz MP

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O jovem Kennedy Silva Magalhães, de 23 anos, apontado como autor do disparo que matou o cabo da Polícia Militar do Acre Alexandro Aparecido dos Santos, de 36 anos, no dia 15 de agosto, deve ir a júri popular. Segundo o Ministério Público do Acre (MP-AC), que ofereceu denúncia contra Magalhães, vai passar primeiro por uma audiência de instrução e, em seguida, deve ser submetido ao júri. Ainda não há data para a primeira audiência.

Magalhães passou por um exame pericial para identificar se havia partículas de chumbo residuográfico em seu corpo, no dia seguinte ao crime, 16 de agosto, conforme laudo do Departamento da Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil do Acre. O laudo pericial revelou que “não foi detectada a presença de partículas de chumbo” nas amostras analisadas.

Para o promotor de justiça criminal do MP-AC, Efrain Mendonza, o laudo não confirma, nem nega as acusações contra Magalhães.

“Nem sempre que a arma é disparada ela deixa sujeira de pólvora na mão, principalmente quando o caso se trata de uma pistola. Então, esse laudo não quer dizer nada. Nem tira a acusação, nem confirma. O laudo serve como ponto de discussão, mas existe essa observação”, informa.

O promotor de justiça afirma que o MP-AC já ofereceu denúncia contra o jovem e que ele deve passar pela primeira audiência. Caso ele seja pronunciado na primeira audiência, vai para júri popular. Nessa fase, o promotor afirma que o perito que emitiu o laudo deve ser ouvido para explicar aos jurados como chegou ao resultado do documento.

O advogado de defesa de Magalhães, Romano Gouveia, discorda do MP e diz que o resultado do laudo foi um grande passo e que aponta que o rapaz não atirou contra o policial militar. “O laudo diz que não tem nada nas mãos dele que comprova que ele atirou. O exame foi feito assim que ocorreu o acidente e saiu o resultado no final de agosto. Agora vamos requerer outras perícias, como a reconstituição do crime”, alega.

Gouveia afirma ainda que, desde o início, a defesa pediu que todos os policiais que estavam no local passassem também pelo exame pericial. “Se tivesse sido feito em todos, acertadamente, a gente já saberia se foi por acidente, se foi algum colega ou se foi o próprio Kennedy quem atirou”, diz.

 

Com informações do G1.

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