Pneus de três carros foram furtados no estacionamento de Maternidade Bárbara Heliodora e no Hospital da Criança, em Rio Branco, na madrugada desta quinta-feira (9). O cabeleireiro Juscelino Coelho, de 38 anos, foi uma das vítimas. Ele passou a noite na maternidade acompanhando a esposa que está grávida.
Coelho conta que chegou por volta das 19h e estacionou o veículo próximo a uma das entradas da unidade de saúde. Por volta das 22h, o cabeleireiro relata que tentou sair para ver se estava tudo bem com o carro, mas acabou não podendo devido ao horário. O furto só foi constado por volta das 7h30. Segundo ele, o outro automóvel pertence a uma funcionária.
“Não sei o horário que aconteceu. De manhã, a outra pessoa que ia ficar com a minha esposa chegou e eu sai para ir ao trabalho, então vi o roubo de uma roda. Liguei para a polícia e os policiais foram até lá, mas não tinha como nada ser feito, só me falaram para fazer o boletim de ocorrência. Já estava meio atrasado e nem fui até a delegacia”, diz.
A gerente das duas unidades, Jiza Lopez, afirma que não é a primeira vez que casos do tipo ocorrem no entorno dos dois locais. Ela explica que o serviço de vigilância particular é responsável apenas pelo monitoramento interno. As partes externas, por se trataram de duas ruas, são fiscalizadas pela polícia. No entanto, as rondas não são frequentes.
“Às vezes, aparece ronda, mas é pouco frequente. Como são ruas, para que pudéssemos cercar, seria um processo de mudança de lei. Foge um pouco da nossa responsabilidade fazer essa fiscalização, porque nosso serviço é monitorar a parte interna”, fala. O outro veículo furtado, que estava no Hospital da Criança, é de uma servidora.
Jiza ressalta que foram colocados refletores para iluminar melhor e tentar inibir a ação dos bandidos, mas não foi suficiente. Ela acrescenta que a administração já se reuniu com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-AC) para que fosse estudada a possibilidade de instalação de um posto policial, mas o número de registros de ocorrências ainda é pequeno.
“Quando se faz o levantamento de furtos, o número ainda não é suficiente para que tenha um posto policial. É muito triste para o servidor, às vezes depois de 12 horas ou mais de plantão, sair para sua casa e encontrar o veículo dessa forma. Nós orientamos que registrem o boletim de ocorrência para que saibam que estamos passando por esse tipo de problema”, salienta.
O capitão Felipe Russo, da Polícia Militar, explica que o policiamento na região é ostensivo. De acordo com ele, uma viatura trabalha exclusivamente no Parque da Maternidade, onde as unidades se localizam. No entanto, a atuação dá maior ênfase aos locais que registram mais ocorrências, o que não é o caso das dependências da maternidade e do hospital.
“Não tem como a viatura estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Esses não são locais que têm chegado informações de muitos furtos para que possa ser direcionado o policiamento. Se estão ocorrendo, as pessoas não estão registrando. Não tem como a polícia saber onde está ocorrendo se as vítimas não denunciarem”, finaliza.
As informações são do portal G1.