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Em Cruzeiro do Sul só haverá carnaval para os 611 cargos de confiança criados pelo prefeito

Por Redação Juruá em Tempo.17 de fevereiro de 2017Updated:17 de fevereiro de 20174 Minutos de Leitura
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por Leandro Altheman

O prefeito Ilderlei Cordeiro acaba de anunciar o CANCELAMENTO do carnaval popular deste ano em Cruzeiro do Sul. Veja bem, não se trata apenas de retirar o apoio público ao evento, que este ano seria realizado pela iniciativa privada (o que é perfeitamente correto, ainda mais dadas as circunstâncias de crise), mas sim de realmente cancelar a festa.

Muita gente aplaudiu a iniciativa, sem compreender direito o significado do gesto.

As escusas utilizadas por Ilderlei para justificar o CANCELAMENTO da festa podem até fazer sentido para os mais desatentos: a cheia do Juruá, as más condições de trafegabilidade da BR e principalmente uma suposta ‘austeridade’ para com o dinheiro público em tempos de crise financeira.

O problema é que o argumento não cola. Especialmente este da austeridade, quando na mesma semana Ilderlei precisou ser notificado pelo Tribunal de Contas do Estado sobre a criação de 611 cargos de confiança em menos de 60 dias! O impacto disso no orçamento é de R$ 8,6 milhões. Como justificar o cancelamento de uma festa que seria realizada com recursos da iniciativa privada? Se com Vagner tivemos de conviver com o descaramento, Ilderlei dá sinais que será a administração da hipocrisia.

Os demais argumentos também mal escondem a verdadeira motivação para o cancelamento do carnaval, de cunho religioso. E justamente por esta razão, Ilderlei, é preciso que se diga, agrada a uma parcela significativa da população. O problema é que, mesmo denotando a necessária sobriedade que se espera de um gestor público, o gesto tem valor simbólico e guarda um precedente perigoso para que outros eventos que não sejam aprovados pelo pensamento religioso do gestor venham a sofrer boicote.

Quem esteve na ‘Marcha para Jesus’ do ano passado, sabe do que estou falando. O novenário da cidade está na mira do grupo religioso por trás de Ilderlei. Um dos pastores chegou a declarar: “Cruzeiro do Sul não tem uma senhora, tem um senhor”. Uma clara, e desnecessária  provocação à comunidade católica da cidade. Uma decisão como esta é mais um passo em direção ao estado fundamentalista para qual estamos caminhando, quase sem perceber.

O carnaval, aliás, é uma festa católica. Ainda que profana, é determinada pelo calendário católico. A ideia de que um período de liberação e maior permissividade anteceda a quaresma- período de jejum, abstinência e oração está nas raízes do cristianismo. Na verdade, na maioria das concepções religiosas existe esse pêndulo entre o profano e o sagrado, porque é nesse movimento pendular que se descobre, humano. O problema é que as novas igrejas evangélicas querem ter a autoridade para determinar quando, como e por qual preço, o fiel pode ou não, se ‘liberar’. É apenas estratégia de controle, e de controle de mercado até diria.

Não por acaso, o preço dos retiros em Cruzeiro do Sul aumentou para este ano. A decisão de Ilderlei afinal, é bom para o negócio de alguns. O que se dirá para os 611 que terão seu emprego garantido pelos próximos 4 anos. Para esses, a farra não pára!

É preciso que se diga, contudo, que esta não é uma decisão que Ilderlei toma sozinho. Existe uma tendência muito forte do eleitorado evangélico, de aprovar esse tipo de medida, e com apoio de parte significativa dos católicos também. Em 2011, durante a forte alagação que atingiu Rio Branco, houve uma pressão muito forte por parte das igrejas evangélicas, comandados pela IBB, para que o governo do estado e a prefeitura cancelassem a festa. Governo e prefeitura balançaram, mas acabaram, também por meio de pressão dos setores laicistas, a realizar a festa popular, que ainda que mais modesta, acabou saindo. Entre os foliões, advinhem, boa parte era formada pelos atingidos pela cheia. O calvinismo, base ideológica das mais importantes para as igrejas evangélicas, desconsidera o valor e a importância da diversão e da liberação, importância que é ampliada, e não reduzida, em tempos de crise.

Sobre a festa em si, uma das coisas mais sensatas que já ouvi, veio justamente de um pastor evangélico (presbiteriano). Quando perguntei sua opinião sobre o carnaval ele simplesmente respondeu citando um versículo bíblico: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada domine”. Coríntios 6:12

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