Considerada a maior enchente dos últimos 20 anos, a alagação sofrida pelo Rio Juruá, deixou mais de 700 famílias desalojadas (ou seja fora de suas casas) e cerca de 90 famílias em abrigos em Cruzeiro do Sul.
Seu nível chegou a 14 m e 24 cm, 6 cm a mais que a marca registrada em 1995 quando o Juruá atingiu 14m e 18 cm.
Além das centenas de casas e das milhares de pessoas atingidas pela cheia do Rio Juruá, comércios e prédios públicos também tiveram o mesmo destino, como é o caso das escolas municipais. Pra se ter uma idéia, 10 escolas municipais ficaram alagadas e outras 3 serviram de abrigo para mais de 15 familias.
Ao perceber a situação emergencial, a Secretaria Municipal de Educação de Cruzeiro do Sul, providenciou juntamente com os servidores dessas escolas a proteção de todo o material escolar, como computadores, documentos, merenda, mobiliários entre outros, para que nada fosse danificado.
O vice-prefeito de Cruzeiro do Sul Zequinha Lima visitou in loco, juntamente com a sua equipe administrativa, os locais afetados.
Após a vazante do rio, o trabalho é dobrado. Segundo o professor Valdenísio Martins, coordenador administrativo da Semed, “o momento agora é de providenciar a limpeza nesses estabelecimentos de ensino, já em preparação para o início do ano letivo”. Muita lama ficou armazenada nesses locais. Após esse serviço, todo o material terá que ser recolocado no lugar.
As escolas com maiores danos devido a alagação foram Rui Barbosa na Boca do Môa, que ficou com cerca de meio metro de água em suas dependências, escola 21 de Abril e Creche São Francisco na Olivença.
Valdenísio também destacou que desde o começo do ano, foi designado pelo secretário de educação Zequinha Lima, para visitar as escolas municipais com o objetivo de identificar a situação estrutural de cada uma, como também a logística que deverá ser utilizada para recuperá-las.
Pelo menos 6 escolas estão na lista de prioridades para recuperação: 21 de Abril, Nize Varela, Thaumaturgo de Azevedo, Terezinha Saavedra, Maria da Conceição e Artur Maia. Uma escola situada na comunidade Val Paraíso e outra no Juruá Mirim, áreas rurais do município, também deverão passar por recuperação nesse primeiro semestre.