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quarta-feira, abril 24, 2024

Desempenho no Ibope acende sinal de alerta em campanha de Bolsonaro na reta final

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A oscilação para baixo na intenção de voto em Jair Bolsonaro (PSL) registrada na mais recente pesquisa Ibope na corrida presidencial acendeu o sinal de alerta da campanha do capitão da reserva do Exército. O resultado — que indicou uma variação de 59% para 57% nos votos válidos para Bolsonaro, e uma subida de Fernando Haddad (PT), de 41% a 43% — obrigou o candidato a chamar a atenção de seus aliados para que evitem a comemoração antecipada e redobrem os esforços nesta reta final.  Em uma transmissão ao vivo pela internet, o militar bradou: “a eleição ainda não acabou”.

A campanha estipulou como meta que Bolsonaro não apenas saia vitorioso da corrida presidencial, mas seja consagrado nas urnas com uma votação acima de 60%, mostrando o tamanho da nova força política diante do PT. O Ibope, no entanto, deu uma dose de realidade ao grupo ao evidenciar que o objetivo pode não ser tão fácil de ser alcançado como já se imaginava.

A sondagem preocupa também porque apontou o aumento da rejeição de Bolsonaro, de 35% para 40%, enquanto a que de Haddad caiu de 47% para 41%.  Os números, segundo avaliação interna do PSL, podem soprar um otimismo final na militância petista em busca de votos e atrapalhar os planos da campanha.

Como antídoto, Bolsonaro, que sempre dá a palavra final sobre as estratégia de campanha, reforçou seus pedidos de mobilização para a militância na internet. Segundo ele, o engajamento está “muito fraco.”  Em uma transmissão ao vivo na noite de quarta-feira, o militar exigiu que os parlamentares eleitos entrem na briga pela disputa pelo Palácio do Planalto e deixem de lado as disputas nos estados.

Agora é preciso trabalhar com seriedade. O que está em jogo é a cadeira presidencial — exigiu:  — A eleição não está decidida. Esse é o sprint final. Eu peço a vocês raça e vontade — acrescentou no trecho final da transmissão ao vivo.

O militar também impôs um novo “toque de recolher” e determinou que a cúpula da campanha evite declarações à imprensa.  Nos últimos dias, os principais nomes da equipe de Boslonaro têm se esquivado ao responder perguntas aos jornalistas e passaram a repetir que só falarão a partir das 21h de domingo, após o resultado das urnas.

Por Jussara Soares 

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