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Homem que precisou amputar as duas pernas reclama de lentidão para receber auxílio do INSS

Após ter que amputar as duas pernas por complicações de um quadro avançado de diabetes, Francisco Bandeira de Moura, de 57 anos, pede celeridade para conseguir receber o auxílio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

“Ele entrou com um pedido de Amparo à Pessoa com Deficiência. Está em processo de análise. Deu entrada no final de setembro e temos 45 dias para dar uma resposta. Ele será chamado para uma avaliação social e depois uma perícia médica. Infelizmente, esse é o trâmite. Acredito que no caso dele, o auxílio será concedido. Quando for concedido, será pago retroativo à data de entrada do pedido”, esclareceu.

Moura, que atualmente está desempregado e mora no bairro da Várzea, em Cruzeiro do Sul, conta que antes de perder as duas pernas tinha uma vida ativa e trabalhava para sustentar sua família.

O homem afirma que em 2014, quando descobriu que tinha a doença, passou a ficar debilitado e com cada vez menos saúde. O quadro clínico de Moura se agravou e ele acabou tendo que amputar as duas pernas. Hoje vive em uma cadeira de rodas e aguarda a liberação do auxílio.

“Estou há uns quatro anos sofrendo com a diabetes. Há seis meses tive a perna direita amputada e depois amputaram também a direita. Sempre trabalhei desde criança para ganhar meu sustento. Mas, devido essa doença, hoje estou nessa situação. Sobrevivo de doações de amigos e familiares, sem condições de sustentar minha família e os remédios que necessito”, desabafa.

Sem recursos, ele deu entrada no pedido de auxílio no INSS, mas afirma que foi informado que não tem prazo para sair.

“Devido à minha condição e a dificuldade para entrar e sair de casa, pedi que uma vizinha fosse lá saber como está. Disseram que tem que esperar por uma perícia, que pode demorar até seis meses. Vou levando a vida assim até quando Deus quiser. Estou isolado em uma cadeira de rodas, fico o dia todo dentro de casa, sem poder sair”, falou.

O gerente do INSS revelou que além do trâmite, a falta de pessoal prejudica os atendimentos na agência.

“Estamos sem assistente social. Periodicamente vem um assistente de Tarauacá e juntamos alguns benefícios e marcamos a data para as pessoas virem fazer avaliação. Acredito que ele deve passar por essa avaliação no início de dezembro. Sabemos que é uma pessoa que está passando por uma situação difícil e oriento a família que busque algum apoio na Assistência Social do Município”, finalizou.

Por Adelcimar Carvalho G1

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