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sábado, maio 18, 2024

Corpo passa a madrugada dentro de viatura do IML em Cruzeiro do Sul

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O corpo do jovem Marcos Douglas Oliveira, de 29 anos, que foi encontrado morto no bairro da Escola Técnica, em Cruzeiro do Sul, passou a noite dentro da viatura, pois o Instituto Médico Legal (IML) estava fechado.

Segundo familiares, a informação da morte só foi confirmada após terem indo em busca de respostas em várias instituições de segurança pública e saúde.

“Eu ao lado da mãe dele e do irmão estivemos no hospital, IML, Instituto de Criminalística, Delegacia Geral e ainda entramos em contato com o SAMU. Já não sabíamos mais o que fazer. Até que conseguimos contato com um funcionário do IML; foi quando ele informou que o corpo do meu primo ainda estava dentro do veículo estacionado no pátio da delegacia geral. Nem o policial de plantão sabia dessa informação”, conta a prima do rapaz, Cátia de Oliveira Pinheiro.

O corpo permaneceu dentro da viatura sem refrigeração por mais de seis horas. “Por volta das 8h da manhã, o médico legista veio e realizou um exame no corpo; ali dentro da viatura e pôs a causa da morte como indefinida. A gente se sente indignada porque fica uma coisa meio sem explicação e não temos culpa em não ter um local adequado para o trabalho do IML. O que não queremos é que outras pessoas passem pelo que nós passamos nessa madrugada” (sic), relata Cátia.

O delegado Vinícius Almeida, que coordena a Polícia Civil na região do Juruá, disse que o atendimento no IML foi suspenso em caráter de urgência. O instituto funcionava junto ao necrotério do Hospital do Juruá; local onde estão sendo levadas as pessoas que morrem em consequência ou suspeita da Covid-19. O delegado explicou que apenas um servidor atua como auxiliar de necropsia, e que o servidor faz parte do grupo de risco.

“Quem trabalha no IML todos os dias está nas delegacias realizando exames de corpo de delito em presos. Isso colocaria em risco todos os policiais. Uma realidade nova que temos que enfrentar e, por enquanto, não vemos outra alternativa”, explica o delegado.

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