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‘Toda e qualquer vacina está descartada’, diz Bolsonaro após polêmica com Doria

Presidente Jair Bolsonaro, Ministros Paulo Guedes e Ernesto Araújo, com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O’Brien e Kimberly Reed, presidente do EXIM Bank, anunciaram aporte de aproximadamente R$ 6 bilhões (US$ 984 milhões) para o Desenvolvimento Internacional (DFC) em investimentos. O DFC é um banco de desenvolvimento criado pelos EUA no ano passado para financiar projetos na região. O anúncio foi feito durante a visita da delegação norte-americana ao Brasil, liderada pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert. Sergio Lima/Poder360. 20.10.2020Sérgio Lima/Poder360 20.10.2020

Um dia depois de o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, anunciar um acordo para comprar 46 milhões de doses da Coronavac, imunização que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e que será produzida pelo Instituto Butantan (SP), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que descartou a compra de vacinas pelo governo até que haja comprovação de eficácia.

“Toda e qualquer vacina está descartada por enquanto. A vacina precisa de comprovação científica para ser usada, não é como a hidroxicloroquina.”

Em maio, porém, o próprio Bolsonaro afirmou em rede social que o uso da cloroquina contra a Covid-19 não tinha evidência científica, mas que ela continuava sendo usada e monitorada.

A declaração desta quarta (21) foi dada durante visita às instalações do Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP) em Iperó (a 126 km da capital paulista). Ele estava acompanhado pelo chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Na terça (20), em encontro virtual com governadores, Pazuello disse que “a vacina do Butantan será a vacina do Brasil”. “O Butantan já é o grande fabricante de vacinas para o Ministério da Saúde, produz 75% das vacinas que nós compramos.”

Nesta quarta (21), porém, Bolsonaro atribuiu a declaração à má-fé do governador de São Paulo, João Doria, que participou da reunião. Disse que o valor anunciado é “vultoso” e que está afinado com o ministério da Saúde “na busca de uma vacina confiável “.

O presidente, no entanto, afirmou também ter mandado cancelar um protocolo de intenções do ministério que falava sobre a compra da vacina. “Não abro mão da minha autoridade.”

Folha

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