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terça-feira, abril 16, 2024

Emoção marca início da vacinação de trabalhadores das unidades de referência para Covid-19

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Após dez meses da chegada da pandemia de Covid-19 no Acre, a quarta-feira, 20, foi marcada por lágrimas, braços erguidos, sorrisos e um combo de gestos que exprimiam alívio e alegria dos servidores da Saúde que trabalham nas unidades de linha de frente no enfrentamento ao coronavírus.

Enfermeiras do Into-AC manipulam ampola de vacina contra Covid-19 Foto: Taís Nascimento

A primeira etapa de vacinação, que tem como público-alvo os trabalhadores das unidades da linha de frente à Covid-19, além de indígenas e idosos institucionalizados, começou simultaneamente em todas as unidades de referência.

“É uma alegria muito grande”, comemorou a secretária adjunta de Assistência à Saúde, Paula Mariano, que resumiu o momento em gratidão e emoção. “O governador Gladson Cameli solicitou que essa vacinação fosse iniciada o quanto antes. Com a chegada da vacina ontem [terça-feira,19] às 6h da manhã, nesta quarta todos os municípios receberam a vacina e iniciaram o processo de imunização”, destacou.

Secretária adjunta de Assistência à Saúde, Paula Maria, destaca que “todos os profissionais das unidades de referências para Covid-19 serão vacinados” Foto: Taís Nascimento

De acordo com a secretária, “todos os profissionais das unidades de referência para Covid-19 serão vacinados”. Lúcia de Fátima Carlos, de 61 anos, que é enfermeira e trabalha na área há 28 anos, foi a primeira a receber a vacina no Into-AC. Ela teve Covid-19 e sentiu os sintomas fortes da doença.

“Eu tinha muito medo de pegar Covid-19 de novo. Eu agradeço de coração o empenho dos governantes e, nesse momento, é muita emoção ser uma das primeiras a tomar a vacina”, agradece a enfermeira, que agora, com a primeira dose da vacina, poderá ajudar ainda mais pessoas.

“Eu agradeço de coração o empenho dos governantes”, disse a enfermeira Lúcia de Fátima Carlos Foto: Taís Nascimento

“Agulha não mata, né?”, brincou o funcionário terceirizado do Pronto-Socorro de Rio Branco, Francisco Cabral Souza, de 57 anos. A frase pronunciada por ele, que tem medo de agulhas, foi dita após receber a primeira dose da vacina.

Francisco Cabral Souza, de 57 anos, ficou tenso apenas pelo medo de agulhas, mas para ele o medo de pegar Covid-19 é maior Foto: Taís Nascimento

“A gente sabe que é uma doença perigosa e, agora, sabendo que temos a imunização, a gente fica mais tranquilo”, comenta o senhor Francisco, e, questionado sobre o medo de agulhas, diz: “Covid-19 mata, né? A agulha, não”, rindo aliviado.

O primeiro socorro e a primeira dose da vacina

O telefone tocou em março de 2020 e a equipe do Samu foi acionada para o atendimento de mais uma ocorrência. Daquela vez, o primeiro caso de um paciente com Covid-19 no Acre. Sendo assim, o governador Gladson Cameli, e o secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene, garantiram que os “samuseiros”, como são chamados informalmente, também recebessem a vacina nesta primeira etapa.

“O paciente 001 foi transportado por nós”, contou o coordenador do Samu, Pedro Pascoal, que agradece o apoio dado pelo Estado ao serviço. “Garantir que o nosso servidor esteja imunizado, também é garantir que o próximo paciente não se contamine por transmissão dos nossos funcionários, então é uma satisfação enorme”, destacou.

Secretária adjunta de Assistência à Saúde, Paula Mariano e coordenador do Samu, Pedro Pascoal, durante vacinação de profissionais do serviço Foto: Taís Nascimento

Esperança

Na fila para receber a 1ª dose da vacina, a enfermeira da UPA do 2º Distrito, Ana Cláudia Onofre espera ansiosa. Ela não quer sair da fileira nem para tomar água, e de maneira descontraída, “disputa” com os colegas o posto de ser o primeiro a receber a vacinação na unidade.

“É esperança para milhares de pessoas, é uma esperança que se renova. Não tenho nem palavras porque dá até arrepios. Foi um momento muito esperado”, relata a enfermeira.

Ana Cláudia Onofre, conversando com colegas enquanto espera a vacina contra Covid-19Foto: Taís Nascimento

A UPA do 2º Distrito foi unidade de referência para o atendimento de pacientes com Covid-19 logo no início da pandemia. “Foram momentos de muito sofrimento para toda a equipe da unidade”, relembra Ana Cláudia Onofre.

Para a enfermeira, o momento “é uma retrospectiva em que passa todo um filme de tudo o que vivemos, porque foi um cenário de guerra. Perdemos amigos, parentes, pacientes. Esse momento é de muita emoção”, finalizou comemorando a chegada da vacina contra Covid-19.

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