Ícone do site O Juruá Em Tempo

Representantes dos povos tradicionais participaram de prévia da COP26, em Brasília

Entidades que representam os povos tradicionais do Brasil participaram nesta semana, em Brasília, de um encontro com o presidente da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), Alok Sharma.

A cúpula, que deveria ter acontecido em 2020, mas teve que ser adiada por causa da pandemia de Covid-19, será realizada em Glasgow, na Escócia, no próximo mês de novembro.

O encontro em Brasília contou com a participação de representantes de entidades como o Instituto Clima e Sociedade; Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).

Para o secretário-geral do CNS, Dione Torquato, a reunião foi uma oportunidade preciosa de sensibilizar o presidente da COP26 para a questão social embutida na agenda ambiental.

“Iremos reiterar os acordos internacionais que já têm, principalmente o acordo de Paris com destaque para o artigo 6º que trata justamente sobre as comunidades tradicionais”, explicou Torquato.

Ações

As instituições representativas dos povos tradicionais brasileiros tiveram um momento importante para falar sobre o contexto em que essas famílias vivem e de como é fundamental incluir nas discussões da Conferência as ameaças à violação dos direitos desses povos e seus territórios.

Além do CNS, também estiveram presentes membros da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais e Quilombolas (Conaq).

Em seu discurso durante o encontro, o presidente do CNS, Júlio Barbosa de Aquino, afirmou que os povos originários e as populações tradicionais têm uma importante contribuição na manutenção dos territórios, contribuindo, por meio dos seus modos de vida e de produção, para a conservação dos recursos naturais, reduzindo os riscos das mudanças do clima.

“Hoje, infelizmente, esses povos vivem uma situação de extrema vulnerabilidade no Brasil. Os retrocessos políticos, e o modelo de desenvolvimentos econômico do país tem pressionado os territórios e os modos de vida das populações tradicionais, ameaçando seus modos de vida e sua existência”, disse.

De acordo com o CNS, a população que vive hoje do extrativismo vegetal não madeireiro no Brasil é estimada em 5 milhões de pessoas. Só na Amazônia, existem cerca de 1 milhão e meio de extrativistas e no decreto 6.040, que trata da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, constam cerca de 28 segmentos de comunidades tradicionais diferentes.

Com informações da Agência Cenarium.

Sair da versão mobile