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sexta-feira, março 29, 2024

Estudo inédito faz levantamento de insetos aquáticos em área ambiental no interior do Acre

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Uma pesquisa inédita desenvolvida por professores e alunos do curso de Ciências Biológicas, do Instituto Federal do Acre (Ifac), identificou diversos insetos aquáticos no estado acreano. Camarão de água doce, mosquitos, borboletas de piracema, siriruias, sararás ou besouros-de-maio, libélula, mosca-d’água ou mosca-tiririca, besouros e percevejos são algumas das espécies identificadas.

Todas as amostras do estudo foram colhidas na Reserva Florestal Humaitá, localizada no município de Porto Acre. Já foram registradas, pelo menos, 15 famílias de macro invertebrados diferentes, que são insetos que vivem em água doce e possuem tamanho superior ou igual a 0,5 milímetros.

Estudo inédito faz levantamento de insetos aquáticos em área ambiental no interior do Acre  — Foto: Arquivo pessoal

Diego Viana Melo Lima, coordenador da pesquisa, explicou que os estudos iniciaram no mês de maio deste ano e seguem algumas fases. A primeira, é treinar a equipe de bolsistas do instituto e também fazer um levantamento da fauna de insetos aquáticos de uma área que esteja em condições minimamente impactadas.

“Fizemos o levantamento dessa fauna e essa etapa terminamos agora em setembro. A próxima etapa é divulgar o que encontramos na comunidade escolar, não só pela importância do estudo, mas também para despertar os alunos da educação básica para o mundo da pesquisa”, explica o professor.

Ele disse, ainda, que as análises foram feitas nos insetos ainda em forma imatura, ou seja, larvas – o que limita parcialmente a identificação.

“Nesse tipo de estudo dificilmente se consegue chegar até a espécie, porque tem muitas que na fase jovem são praticamente idênticas. Então, fazemos a identificação até o gênero que antecede a espécie, e fazemos algumas indicações de registros que não foram colocados na região, como as mais sensíveis aos impactos, as que já foram mais impactados. Encontramos um grupo muito diversificado, organismos comuns; isso daria um sinal de como está aquela área e vai levar um destaque para àquela comunidade sobre a importância de preservar áreas em torno dos igarapés – que são áreas de preservação permanente”, pontua.

O estudo se estende até o mês de outubro, sendo finalizado com a impressão de um material gráfico que deverá ser apresentado em escolas de ensino básico.

“Pensamos em fazer uma exposição em pelo menos uma das escolas; e, em contrapartida, também deixaríamos amostras de alguns insetos para que possam ser usados como material didático”, diz.

Entretanto, mesmo com a finalização desse projeto, o professor destaca que o objetivo é que essa ideia de estudo seja replicada não só em Rio Branco, mas também em outros municípios do estado, como forma de contribuição para o entendimento da importância da preservação de uma determinada área.

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