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quinta-feira, março 28, 2024

Governo do Acre diz que tem combatido invasão de terras públicas e o desmatamento ilegal

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Por meio de nota pública assinada pelo secretário de Meio Ambiente e Políticas Indígenas, Israel Milani, o governo do Acre afirma que vem atuando de forma integrada para conter o avanço do desmatamento ilegal e traçando estratégias conjuntas com os demais estados da Amazônia Legal brasileira para tentar reduzir esse impacto.

A nota do governo foi tornada pública após a divulgação de dados de desmatamento na Amazônia pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente (Imazon) que mostram que o Acre é um dos estados que menos contribuiu para a destruição de florestas entre os meses de janeiro a novembro deste ano com 3% do total observado nos demais estados amazônicos.

A ordem de contribuição para o desmatamento na Amazônia Legal nesse período ocorreu, segundo os dados do Sistema de Alerta de desmatamento (SAD), do Imazon, é a seguinte: Pará (60%), Mato Grosso (11%), Rondônia (9%), Amazonas (8%), Maranhão (5%), Roraima (3%), Acre (3%) e Tocantins (1%).

“Temos combatido com muita ênfase a situação de invasões de terras públicas, especialmente na região do Sul do Amazonas e também na fronteira com o estado de Rondônia. As equipes estão em campo e os investimentos estão voltados para estruturar as instituições que atuam no Comando e Controle”, diz um trecho da nota do governo.

Milani também destacou a presença do governo, com projetos itinerantes como a Carreta Ambiental e as Ações Humanitárias nas Unidades de Conservação (UCs) que, segundo ele, têm aproximado a população, especialmente os produtores rurais do Sistema de Meio Ambiente.

“Nosso papel vai além da notificação e punição por ilícitos ambientais, ele passa primeiro pela educação ambiental, explicar para as pessoas o que é certo e o que é errado, falar a linguagem das pessoas. Nós estamos fazendo um trabalho que nunca foi feito antes, envolvendo várias equipes do governo no processo, com missões aéreas, terrestres, praticamente sem interrupção”, disse.

O governo também argumenta que além do trabalho itinerante de educação ambiental, conta com a recomposição florestal realizada através do Programa de Regularização Ambiental (PRA), junto com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Viveiro da Floresta. Ainda há o trabalho de descentralização e desburocratização com a construção dos Centros Integrados e Meio Ambiente.

Ainda de acordo com a nota, o monitoramento e as ações de Comando e Controle foram triplicados em 2021, com a alocação de mais uma aeronave, além das que já estavam sendo utilizadas nas missões, e com o trabalho do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), com mapas detalhados para facilitar a fiscalização, com os alertas do DETER/Inpe e do MapBiomas, além de drones, dois helicópteros e avião.

“Mediante a articulação da Semapi, que preside o Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente, várias instituições vêm atuando nas missões, entre elas o Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (BPA/PMAC), Polícia Civil, o Instituto de Meio Ambiente (Imac), Exército Brasileiro, Força Nacional e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer)”, concluiu.

120 mil Arenas da Floresta

Apesar de o Acre aparecer em 7º lugar entre os estados amazônicos que mais desmataram de janeiro a novembro, segundo os dados do Imazon, a situação mostrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para o período de 1º de janeiro a 31 de outubro de 2021 não é animadora.

De acordo com os dados do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento da Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que é considerado o mais preciso para medir as taxas anuais de desmatamento, o Acre teve 871 km² de florestas desmatadas no período acima mencionado.

Convertendo essa área em campos de futebol, para se ter uma ideia mais clara do que esse número representa, pode-se dizer que o equivalente a 121.988 campos de futebol do tamanho da Arena da Floresta foram consumidos pelo desmatamento no estado em apenas 10 meses do ano de 2021.

Fazendo um comparativo com os mesmos dados relativos ao ano passado, no mesmo período, quando o estado teve 706 km² de devastação de florestas, a taxa atual representa um crescimento de 23%, o maior registrado desde o ano de 2004, ou seja, em 17 anos o Acre não registrou uma diferença tão grande de um ano para outro nas avaliações do avanço do desmatamento.

Abaixo, a íntegra da nota do governo:

Nota Pública

O governo do Acre vem atuando de forma integrada para conter o avanço do desmatamento ilegal e traçando estratégias conjuntas com os demais estados da Amazônia Legal brasileira para tentar reduzir esse impacto.

Na reportagem assinada por Cristiane Prizibisczki para o jornal ambiental ((o))eco e replicada no AC24Horas foi divulgado que o desmatamento detectado, pela ordem de contribuição, ocorreu no Pará (60%), Mato Grosso (11%), Rondônia (9%), Amazonas (8%), Maranhão (5%), Roraima (3%), Acre (3%) e Tocantins (1%).

O governo, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas, que coordena o Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente, reforça o compromisso com o combate aos crimes ambientais.

Temos combatido com muita ênfase a situação de invasões de terras públicas, especialmente na região do Sul do Amazonas e também na fronteira com o estado de Rondônia. As equipes estão em campo e os investimentos estão voltados para estruturar as instituições que atuam no Comando e Controle.

A atuação do governo do Acre nas nove Unidades de Conservação estaduais, bem como nas comunidades rurais tem sido constante. A presença do governo, com projetos itinerantes inovadores, como a Carreta Ambiental e as Ações Humanitárias nas UCs, têm aproximado a população, especialmente os produtores rurais do Sistema de Meio Ambiente. Nosso papel vai além da notificação e punição por ilícitos ambientais, ele passa primeiro pela educação ambiental, explicar para as pessoas o que é certo e o que é errado, falar a linguagem das pessoas.

Nós estamos fazendo um trabalho que nunca foi feito antes, envolvendo várias equipes do governo no processo, com missões aéreas, terrestres, praticamente sem interrupção. E principalmente estamos apoiando o produtor rural na ponta, levando informações e serviços da pasta ambiental para as comunidades. Acreditamos que a oferta de condições dignas para a população, provoca nas pessoas uma mudança de atitude. Ainda estamos com a Carreta Ambiental circulando em todo o estado do Acre, levando atendimento às populações mais distantes e capacitando os gestores municipais para que eles possam atuar em conjunto com o Estado no monitoramento e combate aos ilícitos ambientais.

E além do trabalho itinerante de educação ambiental, contamos com a recomposição florestal realizada através do Programa de Regularização Ambiental (PRA), junto com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Viveiro da Floresta; o trabalho de descentralização e desburocratização com a construção dos Centros Integrados e Meio Ambiente, o governo do Estado continua articulando as missões integradas de Meio Ambiente para coibir os crimes ambientais.

O monitoramento e as ações de Comando e Controle foram triplicados neste ano de 2021, ressaltando ainda que mais uma aeronave, além das que já estavam sendo utilizadas nas missões, foi locada para reforçar o monitoramento aéreo. As equipes estão em campo auxiliados pela tecnologia do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), com mapas detalhados para facilitar a fiscalização, com os alertas do DETER/Inpe e do MapBiomas, além de drones, dois helicópteros e avião. Mediante a articulação da Semapi, que preside o Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente, várias instituições vêm atuando nas missões, entre elas o Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (BPA/PMAC), Polícia Civil, o Instituto de Meio Ambiente (Imac), Exército Brasileiro, Força Nacional e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

O governo está atuante e vai continuar atuando para combater o desmatamento ilegal e todos os ilícitos ambientais.

Israel Milani

Secretário de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas.

  • Por Raimari Cardoso, do AC24horas.
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