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terça-feira, abril 23, 2024

No Acre, safra da castanha começa com preço em alta

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 A castanha é um dos produtos símbolo do extrativismo amazônico e após enfrentar um período de queda no preço, neste ano voltou a ter uma boa expectativa de valor de mercado, isso de acordo com a Cooperativa Agroextrativista de Xapuri (Cooperxapuri), que é associada à Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre).

Segundo Sebastião Aquino, presidente da Cooperxapuri, a expectativa de produção nesta safra gira em torno de 1 milhão de latas (unidade de medida de venda da castanha in natura que corresponde a 11 quilogramas) – um montante superior a 10.000 toneladas. 

Ainda de acordo com o presidente, somente em Xapuri, que costuma contribuir com o percentual de 15% a 20% da produção do estado, a castanha pode aquecer a economia local com cerca de R$ 10 milhões circulando no decorrer de 2022. 

“A previsão é de que seja uma safra de média a grande, o que significa cerca de 1 milhão de latas em todo o estado. Em Xapuri, a estimativa é de que a produção atinja entre 150 e 200 mil latas, fazendo circular cerca de R$ 10 milhões no município, em razão do bom preço com que a safra começou”, disse. 

Neste mês de janeiro, a lata da castanha está sendo comprada por cerca de R$ 70 reais. O valor pode ser um pouco menos, dependendo da dificuldade de acesso ao local onde o comprador ir buscar a castanha. 

Em setembro do ano passado, o presidente da Cooperacre, Manoel Monteiro, disse durante uma conversa com uma equipe da Embrapa que a queda do valor da castanha nesse período foi motivada pela existência de estoques do produto nas usinas e cooperativa e a pandemia de Covid-19. 

“Com os efeitos da crise sanitária, a Cooperacre, que é a principal indústria de beneficiamento da castanha do Acre, reduziu em 60% a capacidade de compra dos seus associados. Em números, isso correspondeu a uma queda superior a metade do que a cooperativa comprava antes do começo da pandemia”, explicou. 

No ano de 2022, o bom preço se deve a uma corrida de empresas de fora do estado pela compra da castanha, principalmente do Peru, que não cumpriram com os contratos de exportação da produção passada. Por conta da concorrência, o preço do produto deve continuar subindo. 

A Cooperacre possui uma indústria em Rio Branco e outra em Xapuri que funcionam por um período de cerca de 8 meses por ano.

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