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quarta-feira, abril 24, 2024

Em nova estratégia, Bolsonaro estimula disputa entre militares e TSE

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou para trás a frágil trégua que vinha mantendo com o Poder Judiciário e voltou a criticar abertamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seus ministros. Além de fustigar a Corte eleitoral por causa do acordo com o WhatsApp, que ele tenta reverter, Bolsonaro estimula um clima de disputa entre o órgão e as Forças Armadas, tendo como pano de fundo a organização das eleições deste ano.

A estratégia ficou evidente na última edição da live semanal que o presidente transmite nas redes sociais. Na quinta-feira (14/4), o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos.

“Os votos que são transmitidos para Brasília vão pra uma sala secreta. A contagem tem que ser pública, mas vai para uma sala secreta. Que continue indo pra sala secreta, só que o mesmo canal que leva para uma sala secreta vai levar pra outra sala aberta, onde estará ali Forças as Armadas, a CGU, a OAB e mais umas dez entidades que foram convidadas também pelo então presidente do TSE, ministro [Luís Roberto] Barroso”, cobrou o presidente.

Bolsonaro deu a entender ainda que o TSE estaria resistindo a acatar sugestões das Forças Armadas em relação à segurança das eleições, e reclamou do adiamento, pela Corte, de uma reunião que havia sido pedida pelos militares, o quais, em sinergia com os anseios de Bolsonaro, estão insistindo em discutir questionamentos que enviaram ao TSE no início deste ano, e que foram respondidos em fevereiro, num arquivo com 700 páginas de anexo.

A decisão de divulgar o material foi tomada em conjunto pelo então presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, e pelos ministros Luiz Edson Fachin (atual presidente da Corte) e Alexandre de Moraes, que estará à frente do tribunal durante as eleições de outubro.

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