27.2 C
Juruá
sábado, abril 20, 2024

Xeque Mate: volta do MDB para base pode dar vitória a Gladson no primeiro turno

Por

- Publicidade -

Como num jogo de xadrez, qualquer movimento pode significar vitória ou derrota. Gladson Cameli, após muitos movimentos errados, parece ter feito um movimento tão acertado que pode de fato lhe garantir a sua reeleição ainda no primeiro turno.

É dada como certo o retorno do MDB para a base do governo, uma articulação construída principalmente a partir do apoio de Gladson Cameli à candidatura de Jéssica Sales ao senado, mas também a partir do entendimento com o presidente do partido no estado, Flaviano Melo.
O MDB e Jéssica Sales não garantiriam sozinhos, a vitória de Gladson no primeiro turno, no entanto, o efeito colateral imediato dessa articulação é que a candidatura de Mara Rocha, recém filiada ao partido justamente com esse objetivo, acaba rifada.

A avaliação de quem acompanha de perto os números, é de que uma eventual candidatura de Mara Rocha poderia levar a eleição para um segundo turno, onde poderia ocorrer uma união das candidaturas de oposição tornando a disputa bastante acirrada. Com Mara Rocha fora da disputa, restam Petecão com seus 12-15% de intenções de voto e Jenilson Leite, que até o momento não conseguiu decolar com sua candidatura.

Uma chapa majoritária com Gladson e Jéssica ampliaria ainda mais o favoritismo do atual governador que sairia com mais de 70% das intenções de voto no Juruá, segundo maior colégio eleitoral do estado.
Em Sena Madureira, o apoio de Mazinho Serafim e do deputado Gerlen Diniz garante dois palanques para Gladson que podem resultar também em algo em torno dos 70% dos votos válidos.

Em Rio Branco, como de costume, é onde a disputa deve ser mais acirrada. Por esta razão, o seu campo político busca preferencialmente um nome que reúna os atributos de confiabilidade e densidade eleitoral na capital. Até o momento as escolhas ficam entre o cruzeirense Romulo Grandidier, nome de confiança do governador, mas sem densidade eleitoral, Alan Rick e Ney Amorim. Alan Rick seria o nome de preferência por ser de confiança e ter boa densidade eleitoral na capital, contudo é filiado ao partido União Brasil ligado a Márcio Bittar. A outra escolha seria o ex-petista Ney Amorim, atualmente comanda o Podemos, que tem boa penetração eleitoral nas periferias de Rio Branco, onde Petecão tem maior densidade.

O senador ‘todo-poderoso’ Márcio Bittar sai perdendo com a reaproximação de Gladson com o MDB e provavelmente não deve emplacar a ex-esposa nem ao senado e nem numa candidatura de vice. Pior, Bittar, que parece ter abusado de sua relação de proximidade com o presidente, pode acabar sem o poder dentro dos próprios partidos que hoje estão sob seu domínio, já que as negociações de cargos no governo serão feitas diretamente com o governador. Se essa hipótese se consolidar, Bittar fica apenas com a sigla, mas sem o apoio dos candidatos.

Mas os maiores derrotados são os irmãos Rocha. Com a candidatura rifada, tanto Mara quanto Major Rocha, correm o risco de terminarem sem nenhum mandato. O movimento de Gladson trucida seus principais adversário políticos.
Xeque-Mate!

- Publicidade -
Copiar