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sábado, abril 20, 2024

Acre tem a maior redução de mortes cometidas por policiais, segundo estudo do Monitor da Violência

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Levantamento exclusivo feito pelo G1 dentro do Monitor da Violência, uma parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que o número de pessoas mortas pela polícia caiu, de 2020 para 2021, e atingiu menor patamar em quatro anos.

No ano passado, 6.133 pessoas foram mortas por policiais contra 6.424 no ano anterior – uma queda de 4,5%. Ao mesmo tempo, o número de policiais assassinados também caiu 17%. Foram 183 casos registrados em 2021, contra 221 em 2020.

De acordo com o estudo, o Acre foi o primeiro entre os três estados que mais apresentaram redução de mortes cometidas pelas forças policiais (-58%), seguido de Rondônia (-45%) e Roraima (-44%).

Questionada sobre os motivos que explicam a queda dos indicadores no estado, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre diz que fez uma análise em 2020 que mostrou uma incidência maior de mortes de policiais durante o período de folga, quando precisavam agir de forma isolada.

“Para reduzir os casos de letalidade, foi realizado um trabalho de capacitação dos policiais acreanos por meio dos cursos de Operações Integradas das Forças de Segurança e de sobrevivência policial. Os dois cursos tiveram ênfase no uso progressivo da força e de como agir com menor risco à sociedade e ao próprio policial”, afirmou a secretaria.

Inéditos, os dados mostraram também que a taxa de mortes pela polícia ficou em 2,9 casos a cada 100 mil habitantes e que o Amapá é o estado com a maior taxa de mortes por policiais: 17,2 a cada 100 mil.

O Fórum de Segurança Pública destacou que a queda na violência policial está em sintonia com a tendência de redução dos crimes contra a vida no país, que foi de 7% no ano passado.

Mesmo com a queda nacional, alguns estados contrariam a tendência de queda e têm aumento de violência policial. São 11 no total. O caso mais extremo é o de Mato Grosso do Sul, em que o número de mortes mais que dobrou (de 21 para 45). Comparando apenas os dados da PM, o número passou de 17 para 34.

  • Por Raimari Cardoso, do AC24horas, com informações do g1.
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