Um tiroteio em uma escola de ensino fundamental no Texas, Estados Unidos, deixou ao menos 21 mortos nesta terça-feira (24), informaram as autoridades americanas.
Em entrevista coletiva, o governador do estado, Greg Abbott, disse inicialmente que 14 crianças e uma professora haviam sido mortos, número que foi revisado.
Após o pronunciamento de Abbott, o senador texano Roland Gutierrez disse em entrevista à TV americana que mais quatro crianças morreram no ataque, elevando a cifra para 18.
Além disso, o total de adultos mortos chegou a três, segundo Gutierrez que não deixou claro se o criminoso, morto no local, faz parte desta contagem.
O incidente foi registrado na escola Robb Elementary, na cidade de Uvalde, a 130 km de San Antonio.
O caso já é considerado como o mais mortal dos EUA desde o massacre na escola Sandy Hook, em Connecticut, que deixou 26 pessoas mortas – 20 crianças entre 6 e 7 anos e seis adultos – em 2012.
Por enquanto, sabe-se que 14 crianças do 2º, 3º e 4º ano e uma professora morreram no ataque. A escola, uma “elementary school”, recebe alunos de 5 a 10 anos.
O criminoso foi identificado pelas autoridades como Salvador Roma, de 18 anos. Não há, até a última atualização desta reportagem, informações sobre as motivações do ataque.
Informações divulgadas pela imprensa americana dão conta de que o assassino teria atirado contra a sua própria avó antes de se dirigir para a instituição de ensino.
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Mulheres choram após ataque em escola do Texas em 24 de maio de 2022 — Foto: Reuters
Além das mortes, estudantes deram entrada em um hospital da região com ferimentos e o banco de sangue da cidade fez um pedido para doações.
Uma criança e uma mulher de 62 anos precisaram ser transferidas para uma cidade vizinha, para um centro de saúde especializado em traumas.
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Mapa mostra localização de Uvalde, no Texas — Foto: g1 Mundo
Tiroteio na escola
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Criança em meio a policias após tiroteio em escola de ensino fundamental do Texas, nos EUA, em 24 de maio de 2022 — Foto: REUTERS/Marco Bello
Eles isolaram a área e pediram que os pais dos alunos aguardassem a liberação e entrega organizada dos estudantes em um local seguro.
Nos EUA, o ano letivo termina em junho, quando começam as férias de verão, e a escola Robb Elementary estava em sua última semana de aulas.
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Crianças entram em um ônibus escolar enquanto policiais guardam a cena de um tiroteio suspeito perto da Robb Elementary School em Uvalde, Texas, EUA, em 24 de maio de 2022 — Foto: REUTERS/Marco Bello
Cada vez mais comum
Tiroteios em massa têm se tornado mais comuns nos EUA e o número de casos como esse tem aumentado nos últimos anos.
Em 2021, foram 34 ataques em escolas, o maior número registrado desde 1999 – quando iniciou a série histórica –, segundo levantamento do jornal “The Washington Post”.
Não há um balanço oficial do governo americano que registre o número de ataques com armas em escolas do país.
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Tiroteio em escola de ensino fundamental no Texas — Foto: REUTERS/Marco Bello
Desde que assumiu a presidência dos EUA, Joe Biden tem advogado contra a venda de armas e pede maior controle federal sobre o tema.
Há duas semanas, um atirador matou 10 e deixou 3 feridos em um supermercado da cidade de Buffalo, no estado de Nova York.
No ano passado, Biden chegou a apresentar uma proposta limitando o acesso, mas o assunto no país é bastante polarizado e o direito de portar armas está na 2ª Emenda da Constituição americana.
Sempre que o estado tenta controlar o acesso a este tipo de equipamento, grupos lobistas recorrem à Justiça para derrubar a decisão.
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Mulher chora ao telefone após ataque em escola do Texas em 24 de maio de 2022 — Foto: Reuters
Com informações G1