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Cacique do Acre deve continuar preso após manter mulher em cárcere privado

A justiça de Feijó confirmou que o cacique Antônio Carlos Huni-Kui, de 50 anos, vai continuar preso. O líder indígena teve sua prisão preventiva decretada na última sexta-feira (3) e desde então está recolhido sozinho em uma das celas da Unidade de Recuperação Social Moacir Prado, em Tarauacá.

Paralelamente, a companheira do acusado, de 42 anos, que era mantida em cárcere privado e sendo maltratada, voltou com familiares para o Paraná. Funcionária de carreira do Tribunal Regional do Trabalho, ela vai voltar a exercer a função depois de mais de um ano, quando pediu afastamento.

Antônio Carlos, que é cacique da Aldeia do Grota, localizada a quatro horas de barco de Feijó, foi preso na semana passada quando de uma operação que contou com a participação da Polícia Civil, Ministério Público, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Ele foi denunciado por manter a companheira de 42 anos em cárcere privado e espancá-la vez por outra, o que foi confirmado pela força tarefa.

De acordo com a polícia, em setembro do ano passado, a mulher veio visitar a aldeia como turista, quando conheceu o cacique e passou a ter um relacionamento com ele, que não mais a deixou sair da taba onde viviam, a maltratando muito.

Levado direto para a Delegacia Geral de Polícia de Feijó, o líder indígena foi autuado em flagrante por maus tratos e cárcere privado. Encaminhado à audiência de custódia teve sua prisão preventiva decretada pela juíza de plantão e de imediato recolhido ao presídio.

A ex-companheira do cacique foi transferida para Rio Branco, onde foi submetida a tratamento psicológico até esta terça-feira, quando deverá viajar de volta para o Paraná e assumir seu emprego no Tribunal Regional do Trabalho. Ela se recusa a falar a respeito do caso.

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