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quinta-feira, abril 25, 2024

Em assembleia, médicos decidem deflagrar no próximo dia 30 de junho em todo o Acre

Por redação.

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Guilherme Pulici, presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), afirmou que durante uma assembleia-geral na última sexta-feira (10), a categoria deliberou a retomada da greve. A paralisação deve iniciar já no próximo dia 30 de junho em todo o território acreano.

Pulici explicou que o sindicato aguardou o prazo dado pelo governo do Acre para apresentar os resultados dos acordos firmados em ata nas reuniões de negociações, porém nada aconteceu. “Os pontos não foram estendidos. Tínhamos a expectativa de ser cumprido as reivindicações. Só que agora a gente adicionou emergências, como melhorias na pediatria. Só na pediatria precisamos de UTI e leitos de semi-intensivo e também pedimos mais profissionais”, declarou.

A respeito do surto de vírus sicincial, respiratório que já matou 9 crianças em menos de dois meses, Guilherme ressaltou que o sindicato alertou o governo acerca do problema, e afirmou que as crianças não serão afetadas com a greve. “Queremos que a greve não interfira no atendimento às crianças. Já que a gestão não faz, vamos fazer. É bom lembrar que o problema de UTI pediátrica é na rede pública e privada, afeta a todos”, ressaltou.

O primeiro- secretário do Sindmed-AC, Gilson Lima, também falou sobre o movimento. De acordo com ele, foram marcadas várias reuniões com a equipe do governo algumas desmarcadas pelos próprios representantes do estado, e, até o momento, não houve resultado prático a ser apresentado para a categoria.

“O acordo firmado para a suspensão da greve, em maio, estava condicionado à efetivação dos acordos, e não apenas promessas. O prazo esgotou-se sem resolução de todas as pendências, por isso é justo que os médicos decidam retomar o movimento”, explicou.

A assessoria do sindicato frisou que a assembleia deverá decidir todas as estratégias da paralisação, até os setores que devem continuar funcionando e aqueles que podem parar. Caso os pleitos da classe não forem atendidos, a situação pode se estender até o fim desse ano.

Gilson disse que entre a categoria cresce o descontentamento com o governo devido à falta de reconhecimento do trabalho realizado pelos médicos durante a pandemia e até mesmo nos mutirões de cirurgias. “Os colegas estão esgotados, receberam muitas promessas, mas, até o momento, o governador não cumpriu nenhuma dessas promessas. O sentimento é de grande revolta da categoria”, encerrou

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