Ao g1, a família encaminhou o boletim de ocorrência registrado na cidade do Rio de Janeiro registrando o desaparecimento do jovem. O comunicante é, segundo a família, o companheiro com quem ele morava.
No registro de ocorrência, o rapaz diz que João Victor foi até uma região chamada Bosque Azul comprar maconha e indica que teve informações de que ele estava morto por uma facção que domina a área.
“A versão dele é que meu sobrinho sumiu desde sexta, contando que a facção matou e agora tá contando que teve um tiroteio e ele foi morto e eu quero meu sobrinho de volta. Ele tem que dar conta, não é só dizer que morreu. A família está desesperada”, diz a tia Eliete Andrade da Silva, tia do Victor.
No RJ, a família conta que o jovem que está desaparecido era mantido pelo companheiro, que bancava a estadia dele na cidade. João Victor não tinha familiares fora do Acre a única pessoa que pode passar informações para a família é com quem ele tinha o relacionamento.
“Ele contou para nós que o Victor saiu para comprar maconha em uma favela e foi morto. Ele disse que viram no celular do Victor um monte de coisa de facção, mas o Victor não é de facção. Ele tinha um relacionamento com esse rapaz e não é de agora, toda família sabe que eles tinham um relacionamento amoroso. Já temos pelo menos três versões e ninguém sabe o que realmente aconteceu com meu sobrinho. A gente desconfia que ele está mentindo”, contou a tia.
‘Quero saber o que houve com meu filho’
João Victor, em Cruzeiro do Sul, vendia churrasquinho ajudando o pai. Segundo a família, há cerca de dois meses, o companheiro do jovem pediu que ele fosse morar junto com ele no Rio de Janeiro e bancou a mudança dele.
A mãe dele, Eliana da Silva, conta que nos últimos contatos que teve com o jovem, ele chorava muito e dizia que queria voltar para a cidade.
“Meu filho não era envolvido em facção. Estou desesperada, quero saber se meu filho está morto, se está vivo. Meu filho era tão conhecido, era uma pessoa muito boa. Dias antes de ele sumir, me ligou, disse que tava com saudade de mim, dos amigos e que ia ficar lá só um ano mesmo. Ele disse que me amava, foi a última vez que falei com meu filho”, conta a mãe bastante emocionada ao lembrar do único filho.