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terça-feira, abril 23, 2024

Golpistas usam fotos de políticos para tentar fazer vítimas no Acre e Polícia Civil faz alerta

Por Redação O Juruá em Tempo

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Golpes nas redes sociais têm se tornado cada dia mais frequentes entre os acreanos que precisam alertar os amigos e familiares sobre contas hackeadas, fotos utilizadas por números desconhecidos, entre outros. Na última semana, muitos políticos do Acre foram alvos dos criminosos.

Foi assim que uma foto da família da Angela Valente, vice-prefeita da cidade de Mâncio Lima no interior do estado, foi usada por um número desconhecido mandando mensagem para uma das filhas dela.

“Até o momento não tenho informações de alguém que tenha caído, mas o número desconhecido mandou mensagem para a minha filha e disse: ‘oi, boa tarde, anota esse número novo, meu celular deu um probleminha, estou nesse novo número’”, contou.

A foto usada era da família, mas na descrição do perfil tinha o nome de Ângela.

“Já tinham feito antes, com meus outros filhos e também meu esposo, agora fui eu. Mas, até o momento a informação que tenho é que estão se apresentando, não chegaram a pedir nenhum valor ainda. Porque agora estão mudando a tática porque antes já chegavam pedindo dinheiro”, contou.

Com frequência de casos, Polícia Civil do AC alerta para golpes praticados nas redes sociais — Foto: Reprodução

Com frequência de casos, Polícia Civil do AC alerta para golpes praticados nas redes sociais — Foto: Reprodução

A mesma situação ocorreu com o prefeito da cidade de Epitaciolândia, também no interior, o delegado Sérgio Lopes. Mandaram mensagens a um irmão e cunhada dele, pedindo que fossem feitas transferências bancárias. Na mensagem, a pessoa dizia que precisava fazer um pagamento e não conseguia da conta dela e pedia para que a pessoa fizesse a transferência de R$ 5,8 mil e que o valor seria devolvido ” a tarde”.

“Eles já desconfiaram que fosse alguma coisa e entraram em contato comigo e em seguida, já emiti um alerta nas redes sociais, informando que se tratava de um golpe. O que tenho a dizer pras pessoas é que se tentarem utilizar meu nome para isso, pode desconfiar porque nunca pedi dinheiro e não vou pedir por WhatsApp a ninguém. Estes estelionatários não têm limites, eles tentam de toda maneira encontrar alguma circunstância para ver algum benefício em cima de alguém”, disse Lopes.

Com alvo voltado aos políticos do estado, também foram usados os nomes da deputada federal Jéssica Sales, o prefeito de Porto Walter, César Andrade, e também o deputado estadual Jenilson Leite. Eles emitiram alerta de que estavam usando o nome deles em tentativas de golpes.

Prefeito Sérgio Lopes teve o nome usado para pedir dinheiro no whatsApp — Foto: Arquivo pessoal

Prefeito Sérgio Lopes teve o nome usado para pedir dinheiro no whatsApp — Foto: Arquivo pessoal

Alerta

O delegado José Adonias, da delegacia da Terceira Regional de Rio Branco diz que os casos têm sido cada vez mais frequente e que isso foi um reflexo da pandemia de Covid-19, quando as pessoas começaram a fazer mais atividades on-line.

“É muito comum hoje em dia os golpes aplicados por meio de aplicativos, redes sociais, como Instagram, WhatsApp, Facebook entre outros. O que aconselho: se você receber uma mensagem, desconfie sempre. Se você não conhece aquela pessoa, foi um número desconhecido, desconfie, procure saber quem é. Muitas vezes a pessoa modifica a foto do perfil, coloca de alguém conhecido para que seja mais fácil cair no golpe, como um familiar, parente próximo no intuito que se transfira valores, sempre desconfie”, alerta.

E se já caiu no golpe, o delegado aconselha que a vítima procure a polícia com os prints das conversas, comprovante de transferência e faça um boletim de ocorrência.

Entre os golpes mais comuns são os de vendas quando o intermediário engana o comprador por meio grupos de vendas, o da fotografia no WhatsApp pedindo por dinheiro e Instagram hackeado por meio de envio de links.

“Muita gente procura resolver problemas na internet, ou seja, ela passou a ser mais usada e consequentemente, muitos golpes também passaram a ser feitos de forma mais generalizada”, pontuou.

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