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quinta-feira, abril 18, 2024

No Acre, alunos passam mal após, supostamente, ingerirem merenda estragada

Por Redação

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Alunos da escola estadual de Ensino Fundamental Cívico -Militar, 15 de Junho, localizada no município de Senador Guiomard, passaram mal na manhã desta quarta-feira (08), e foram encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), até o hospital da cidade.

Segundo a comunidade escolar, cerca de oito alunos apresentaram sintomas de infecção intestinal. Além disso, os pais dos alunos ficaram sabendo do caso logo depois. A mãe de uma das alunas da escola,  Josineide da Silva, foi até a unidade de saúde para procurar pela filha e disse que encontrou pelo menos 25 crianças nesta situação. Apesar disso, a filha dela não ficou doente.

Os estudantes afirmam que isso ocorreu logo após a distribuição da merenda escolar, que tinha no cardápio, macarrão e carne.

“Eu como pai e mãe para minha filha, pergunto: por que não estão fiscalizando a merenda? O que vai ocasionar ou não? Porque tem funcionário, têm merendeiras, profissionais que eu acredito muito bem pra estar na cozinha. Então, desse jeito: por que isso aconteceu? Quem serviu a merenda? Se vocês verem a foto, parece que foi merenda para cachorro, não foi para aluno”, afirma Josineide da Silva.

Essa estudante disse que presenciou toda a cena, ela acredita que a merenda estava com a carne crua e relatou outros problemas na comida servida pela escola.

“Na minha opinião essa carne não foi nem cozinhada praticamente, parece que foi só escaldada, e jogaram lá aparecendo assim: come aí seus cachorro. Eu encontrei um cabelo amarrado na carne, encontrei uma vez,  brita no feijão e encontrei também muito sangue na carne de ontem. Começaram a passar mal, foram socorrer depois que viram que a situação dos aluno estava crítica, realmente estava crítica, porque eu vi um monte de menino dentro da sala de aula vomitando, passando mal”, explica a estudante, Vitória Almeida.

No dia seguinte, alguns alunos trouxeram lanche para comer no refeitório do local de ensino, mas a direção da escola confiscou todos os produtos.

“Tem uma série de alunos aí todo mundo questionando em relação a confiscação das merendas que as mães estão trazendo, pois é um cuidado nosso. Temos direito, porque se um filho passa mal ou acontece alguma coisa mais grave, a escola não vai pagar um medicamento? “, concluiu Silva.

A equipe de reportagem foi convidada pela direção da escola para conhecer a cantina da unidade, inclusive nesta quarta-feira, a Vigilância Sanitária confiscou parte da carne que havia sido servida para os estudantes, para realizar as devidas análises.

As nutricionistas da Secretaria de Educação também estão fazendo uma investigação em relação a esse assunto, para saber se de fato, o que ocorreu com os alunos.

Os diretores e coordenadores informaram que a escola possui cerca de 772 alunos, divididos entre manhã e tarde, mas poucos deles ficaram doentes após a merenda. Dessa forma, acreditam que não há relação nessa ocorrência.

“Se houve essa situação, se aconteceu uma falto de zelo hora da preparação da alimentação, as providências serão tomadas. Agora, não podemos justificar que houve essa situação, até que venha as informações de uma equipe técnica. Nós temos especialistas na saúde do município que estão averiguando e a gente irá tomar todas as devidas providências”, afirma o coordenador de gestão da escola, Weliton Luis da Silva.

O diretor também informou que confiscou o lanche levado pelos alunos para saber se esses alimentos poderiam ter causado o problema intestinal. Ele reitera que é proibido entrar na unidade com esses produtos, por conta das diretrizes da educação.

“Hoje pela manhã, nós fizemos uma ação rápida e verificamos esses salgadinhos, tapioca com ovo dentro de um saco plástico, quibe de arroz, skinny e refrigerantes. Sabemos que pela lei da alimentação escolar,  não é permitido. Dessa forma, em uma ação rápida que a escola tomou, os alunos nos entregaram, diga-se de passagem, todos os alimentos serão devolvidos para os alunos, mas cabe a escola com toda responsabilidade averiguar se realmente aconteceu isso na cozinha”, concluiu o diretor da escola, Helenilson Costa.

Os resultados das análises na Vigilância Sanitária ainda não foram concluídos, a fim de apontar se os alimentos oferecidos pela escola estavam com problemas ou não.

Com informações de Jardel Angelim para TV Gazeta

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