Cruzeiro do Sul foi o local escolhido para o lançamento das candidaturas de Isaac, para deputado estadual e Francisco, federal. O lançamento ocorreu nesta terça, 16, ao final do período de novenário da cidade no comitê do PSD, com a presença do candidato ao governo Sérgio Petecão. Francisco é um dos nomes do partido da região do Juruá.
Francisco que já foi secretário e assessor dos povos indígenas do estado do Acre e assessor especial da FUNAI em Brasília, busca agora uma vaga de deputado no Congresso Nacional.
“Essa experiência foi muito importante para que eu pudesse compreender como funciona o estado, essa relação entre os poderes”, explica.
Francisco já traz também uma bagagem de conhecimento sobre como dialogar com os povos e construir projetos a partir de suas necessidades. Uma forma de trabalho que pretende ampliar para todos os segmentos do estado.
“Sejam povos indígenas, ribeirinhos, moradores dos ramais ou das periferias das cidades, as pessoas sempre têm uma noção de quais são suas necessidades. Se construímos os projetos para melhorias juntos com as pessoas, temos a participação delas e uma maior garantia de que dará resultado”, conta.
Já Isaac Piãko teve sua administração aprovada como uma das melhores do estado, inovando a partir de iniciativas simples, mas que deram bons resultados para a população. Uma dessas iniciativas foi a ampliação do programa de compra direta de merenda escolar do produtor. Com diálogo e ganhando a confiança dos produtores, Isaac conseguiu ampliar de 30 para 60% aquisição regional de produtos, trazendo um impacto positivo na economia local.
“Esse recurso que antes iria para os grandes empresários, passou a circular entre os produtores, aquecendo o comércio local. Além de garantir um alimento de melhor qualidade para os filhos destes mesmos produtores”, explica.
Isaac obteve o primeiro mandato de prefeito em 2016 e foi reeleito em 2020. A decisão de renunciar ao mandato de prefeito para concorrer ao cargo de deputado estadual teve relação direta com a dificuldade em obter recursos e projetos para o município que administrava.
“É muito difícil traçar políticas públicas nos municípios mais isolados”, explica.
Para Isaac, um dos maiores desafios desta campanha é fazer um debate qualificado sobre as políticas públicas.
“É um grande desafio enfrentar a política desqualificada. As pessoas que estão assumindo a frente locais de poder devem sobretudo manter esse debate, esse diálogo com nossa sociedade. Infelizmente não é o que vemos sempre”, disse.
Diálogo e debate são duas palavras muito presentes no vocabulário de Isaac e Francisco, uma das certezas que ambos carregam para essa campanha é a de que são as pessoas, e não eles, quem tem as melhores respostas para seus próprios problemas. A ideia é ao invés de levar propostas prontas, construir a partir da participação popular, as propostas e projetos que sejam de maior interesse para cada grupo, localidade ou segmento.
“É um desafio muito grande mas que estamos dispostos a encarar, pensando sempre os papéis que o Estado deve assumir perante a sociedade e a participação dessa mesma sociedade nessa construção”, conclui Francisco.

