Mais de 4 mil cacaueiros e pés de cupuaçu foram cortados em razão ao combate à monilíase, praga que atinge plantações dessas frutas, em Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima. a poda está sendo realizada desde setembro do ano passado por equipes do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), com ajuda de parceiros dos municípios.
Ao todo 4.123 árvores foram podadas e mais de 12,3 mil frutos recolhidos. O engenheiro Igor Figueiredo, coordenador do Idaf-AC no combate à monilíase no Vale do Juruá, explicou que neste ano foram identificados sete novos focos no Centro de Mâncio Lima e 12 entre os bairros Cruzeirão e São José em Cruzeiro do Sul.
“Nossa dinâmica este ano, a cada foco que a gente encontra nas residências que têm hospedeiro fazemos uma varredura de 300 metros. Nessa varredura vamos eliminando todos os hospedeiros que possam apresentar sintomas futuramente”, destacou.
Segundo os dados, no município de Mâncio Lima já foram derrubadas 2.631 árvores e 1.493 em Cruzeiro do Sul. Foram encontrados cerca de 80 focos nas duas cidades, mas segundo o coordenador, todos já foram eliminados.
“Estamos em uma dinâmica boa agora porque o Idaf consegiu a contratação de servidores terceirizados e estamos em um avanço muito satisfatório. Estamos podando, em média, 80 a 90 árvores por dia. Fazemos até 250 árvores por semana, recolhemos todos os frutos, conversamos com o proprietário e pedimos para fazer a poda”, afirmou.
Cruzeiro do Sul registrou o primeiro foco da doença no Brasil em julho de 2021, desde então o governo tem tentado conter o avanço da praga.
Figueiredo explicou ainda que as equipes estão correndo contra o tempo tentando eliminar os focos e evitar que a próxima safra seja atingida. “A gente quer que a próxima safra venha com frutos sadios. Estamos nesse andamento para garantir a qualidade da próxima safra e estamos confiantes que vamos conseguir erradicar. As equipes estão avançando em uma velocidade muito satisfatória”, pontuou.
Ainda de acordo com ele, as árvores cortadas ou podadas voltaram a crescer em pouco tempo. “Tem uma capacidade de crescer rapidamente. Inclusive, árvores que a gente fez o serviço em maio e junho já estão dando fruto de novo”, concluiu.

