Filtragem do sangue, eliminação de toxinas e do excesso de sais e de água do organismo. Estas são algumas das funções primordiais do rim, que é um dos órgãos vitais para o bom funcionamento do corpo. Somente em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, cerca de 70 pacientes são atendidos na Clínica Renal do Vale do Juruá.
Na última quinta-feira (9), celebrou-se o Dia Mundial do Rim, que tem como objetivo discutir a importância da prevenção da doença renal crônica, bem como do tratamento adequado.
De acordo com o médico Lucas Tavares, que atua no cuidado dos pacientes na clínica, é importante que as pessoas estejam em alerta com relação à doença que causa a morte de, pelo menos, dois milhões de pessoas no mundo por ano.
“As duas principais causas de doença renal no Brasil e no mundo são justamente a hipertensão e o diabetes. Então quem tem uma das duas doenças, ou as duas, tem que tomar os medicamentos de forma correta e comparecer no médico de forma regular para saber se essas doenças estão controladas ou não”, disse.
O serviço de nefrologia atende pacientes de todo o Vale do Juruá. O aposentado Nelson Oliveira é um dos pacientes de Cruzeiro do Sul. Ele, que luta contra a doença há um ano, diz sobre os impactos da doença no cotidiano.
“É difícil beber água, bebo bem pouquinha. Não posso comer certas coisas, mas estou muito feliz por ter sido acolhido aqui”, frisou.
Doença renal crônica
A doença renal crônica (DRC) é caracterizada pela lesão irreversível nos rins. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a enfermidade será a quinta causa de morte no mundo até 2040. Entre os principais fatores de risco estão: diabetes, hipertensão arterial, obesidade, tabagismo, histórico familiar de doença renal, idade avançada e uso prolongado de certos medicamentos.
Quando é diagnosticada a falência renal, é necessária a realização de tratamento para que seja substituída a função do órgão vital, tais como: diálise, hemodiálise e transplante renal.
De acordo com números da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o número de pacientes com DRC avançada é crescente. Pelo menos 140 mil pessoas fazem diálise no Brasil.
Apesar de o tratamento ajudar no retardo ou interrupção da progressão da doença, a doença renal crônica não tem cura.
A SBN relata a importância do cuidado com os níveis de pressão, além do controle do peso e da importância de se exercitar regularmente. Além disto, recomenda-se ainda que seja feita a avaliação média anual.
Com Informações G1 Acre
Foto José Maria/ Guia Juruá

