A torcida, que esgotou os ingressos, fez sua parte e apoiou a equipe durante boa parte do confronto. O primeiro protesto contra Barbieri se deu no gol anulado do Goiás no fim primeiro tempo – antes de o VAR cancelar o lance, os torcedores gritaram “ei, Barbieri, vai tomar no c*!”. Os mesmos gritos foram ouvidos no intervalo, durante a caminhada do treinador até o túnel de acesso aos vestiários.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2023/1/O/kzl6ZbSi2DoEwzumavkw/10.jpg)
No segundo tempo, a decisão do comandante de tirar Marlon Gomes para colocar Pedro Raul parece ter esgotado a paciência da torcida, que imediatamente passou a gritar em alto e bom som: “Burro, burro, burro!”. Daí, as ofensas se alongaram até o apito final.
Episódios causaram desgaste
Internamente, Barbieri até o fim teve o respaldo da diretoria e dos jogadores. Apesar da sequência de derrotas e do pior início do clube na história do Campeonato Brasileiro, Bracks bancou sua permanência apostando nas quase duas semanas para trabalhar antes da “decisão” contra o Goiás. O próprio treinador tinha o costume de dizer que não podia queixar-se nesse sentido – por outro lado, ele tinha uma expectativa maior na montagem do elenco e considerava que o grupo entregue em suas mãos não estava completo.
O apoio externo, por sua vez, praticamente não existia mais. Os pedidos de “fora, Barbieri!” tornaram-se mais constantes passadas as rodadas do Brasileiro, e alguns episódios contribuíram para aumentar essa rejeição.
Na derrota para o Santos, na sexta rodada, o treinador causou polêmica entre os torcedores ao dizer na coletiva que o adversário nunca havia caído e que estava “acostumado a jogar na elite”. Ele precisou se desculpas na mesma semana: “Escolhi mal as palavras”.
Já na derrota para o Flamengo, na nona rodada, um vídeo de Barbieri sorrindo na coletiva viralizou e irritou a torcida. O ge explicou que havia várias pessoas na sala, e que o sorriso de Barbieri foi uma reação ao pedido dos cinegrafistas para que os jornalistas não levantassem e ficassem na frente da câmera – o treinador a princípio achou que estavam falando com ele.