Policiais tinham sido acionados para atender ocorrência de briga generalizada, quando um deles acabou atirando contra indígena — Foto: Reprodução
A indígena Marlene Kulina, de 25 anos, da etnia Kulina, foi ferida com um tiro na região pélvica na segunda-feira (30) no Centro da cidade de Santa Rosa do Purus, interior do Acre. O disparo foi dado por um policial militar que estava de serviço no local, atendendo a uma ocorrência de briga generalizada. A Polícia Civil investiga o caso.
Conforme a delegada da cidade, Jade Dene, no local estava tendo uma briga entre indígenas que estariam alcoolizados, com uso de garrafas quebradas e terçado, e a Polícia Militar foi acionada. Ao chegar no local, encontraram uma das indígenas ferida e a levaram até a unidade de saúde da cidade.
Ao retornar para tentar localizar o autor da agressão, um dos militares foi abordado por uma indígena, que estava armada um terçado.
“A informação é que uma dela foi para cima do policial com um terçado, ele tentou se esquivar mas ficou sem saída e deu o tiro como forma de paralisar. Nós estamos apurando a conduta do policial, mas, a princípio, percebe-se que foi legítima defesa. O inquieto não foi finalizado, mas pela situação eles estavam com armas brancas na mão e foram para cima dos policiais pode ter sido isso”, disse a delegada.
A Polícia Militar informou que um oficial da PM-AC foi para Santa Rosa do Purus para realizar os procedimentos de polícia judiciária militar. Além disso, um delegado da Polícia Civil também foi deslocado para o município com o objetivo de apurar o caso.
Conforme a PM-AC, antes de dar os tiros, o policial utilizou spray de pimenta para tentar conter a mulher que se aproximava com um terçado na mão, mas não conseguiu. Primeiro foi dado um tiro que não atingiu a indígena, e depois um outro.
Após o ocorrido, a mulher foi para o hospital da cidade e na terça-feira (31) foi transferida para o Pronto Socorro de Rio Branco de avião de pequeno porte, por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Ainda segundo a delegada, a informação é que o estado de saúde dela é estável. O g1 não conseguiu atualizar o quadro clínico da indígena até última atualização desta reportagem.
A PM-AC informou ainda que a indígena seria irmã do autor da primeira agressão, que foi preso em seguida.
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