Nesta quarta-feira, 25, o Instituto do Meio Ambiente do Acre (IMAC), provocado por uma denúncia acerca da poluição causada pela fumaça de uma usina de asfalto no Distrito Industrial, em Rio Branco, realizou uma ação de fiscalização na propriedade da empresa, flagrando um depósito irregular de sedimentos em uma área de mata.
Chegando ao local, os fiscais do IMAC verificaram as autorizações de funcionamento da empresa JC Engenharia e constataram que todos os alvarás estão em dia. Em relação à chaminé que supostamente expeliu fumaça acima das normas estabelecidas, a informação não foi confirmada por eles, pois a usina não estava funcionando no momento da ação.
Analisando o perímetro da propriedade, os técnicos encontraram lama, provavelmente tóxica, resultado do processo de industrialização da massa asfáltica, que teria sido empurrada da área de trabalho para a região de mata. Além disso, foi encontrado lixo, como embalagens de lubrificante, espalhado pelo local. Uma amostra foi coletada para análise do potencial dano da lama ao meio ambiente.
“Quando a gente chegou a usina estava parada, em manutenção. A gente vai voltar aqui outro dia para poder fazer essa verificação desse funcionamento. Encontramos um depósito de material de maneira irregular dentro de uma mata e vai ser verificado ainda através da análise de geoprocessamento do IMAC, se essa mata aqui é uma área verde, se é uma área solidada, se é uma Área de Proteção Permanente, para poder fazer a aplicação dos devidos autos, porque de qualquer maneira esse material não pode ser depositado da maneira que foi”, relatou Geraldo Fabrício Andreatto, chefe de departamento do IMAC.
Rafael Wiciuk, proprietário da empresa, confirmou o problema com a fumaça, causado por falha em um filtro, mas disse que técnicos já trabalham para solucionar a situação. Ele disse ainda que o despejo da lama foi feito por um funcionário, por conta própria, e que a empresa retirará todos os sedimentos ainda hoje, usando uma máquina.
