O número de mortes por Covid-19 no Acre subiu para 17 em 2025, de acordo com o boletim epidemiológico nº 6 da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
Na semana epidemiológica anterior, o total de óbitos registrados era 15. Desses, dois ocorreram na SE 01, quatro na SE 02, sete na SE 03, dois na SE 04 e dois na SE 06. Cinco foram no município de Rio Branco, dois em Feijó, três em Tarauacá, um em Assis Brasil, três em Cruzeiro do Sul, um em Marechal Thaumaturgo, um em Xapuri e um em Capixaba.
De acordo com a Sesacre, das vítimas fatais registradas entre 2023 e 2025, 68,3% tinham comorbidades, e a maioria estava acima dos 60 anos.
“Nesse mesmo período, o Acre apresenta uma letalidade de 0,4% e um coeficiente de mortalidade de 6,5 óbitos por 100 mil habitantes. O município de Bujari apresentou o maior coeficiente de mortalidade (28,8) e letalidade (7,9)”, diz o boletim.
Casos
Em 2025, já foram registrados 3.013 casos confirmados da doença. “A incidência da Covid-19 encontra-se em 336,8 casos a cada 100 mil habitantes, com a maior incidência sendo observada no município de Acrelândia (1.045,8/100 mil)”, informa o boletim.
Neste ano, a maior proporção dos casos positivos é de pessoas pardas (68,5%), seguidas por amarelas (13,0%), brancas (11,6%), pretas (2,3%) e indígenas (0,3%).
Vítimas fatais da Covid-19 em 2025 não tinham esquema vacinal completo, diz secretário
Diante do aumento de casos de Covid-19 e de óbitos relacionados à doença nas primeiras semanas de 2025, o secretário de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), Pedro Pascoal, conversou com o ContilNet sobre os dados divulgados no último boletim epidemiológico, na semana passada.
Pedro Pascoal destacou a importância da vacinação como principal arma contra o vírus e esclareceu que as vítimas fatais não haviam completado o esquema vacinal. Ele ressaltou que as mortes não ocorreram diretamente por causa da Covid-19, mas em consequência das complicações associadas.
“É fundamental reforçar o quanto a vacina tem nos ajudado a salvar vidas ao longo desses anos. As 12 vítimas não estavam com o esquema vacinal completo e não morreram de Covid-19, mas com Covid-19”, afirmou o secretário.
O gestor explicou que os pacientes apresentavam comorbidades e, devido à ausência de uma vacinação adequada, evoluíram para quadros mais graves da doença.
“São pacientes que já tinham comorbidades e, por não estarem com o esquema vacinal completo, acabaram desenvolvendo a forma mais severa da doença”, complementou.
Pedro ressaltou ainda que, apesar das mortes, a maioria dos casos registrados atualmente não evolui para gravidade, e os leitos hospitalares, incluindo os de UTI, não estão superlotados.
“A maior parte dos casos não evolui para quadros graves, e nossas UTIs não estão superlotadas. Esse é um ponto importante a ser destacado. Os leitos de terapia intensiva estão sendo ocupados, em sua maioria, por pessoas com outras condições clínicas, como politraumas causados por acidentes ou problemas graves de outra natureza”, concluiu o secretário.